Texto, som e imagem dão vida aos sentimentos mais profundos da humanidade. Através da arte, a tradução ganha vida e definições mais claras.
As 10 animações abaixo foram escolhidas para exemplificar temáticas ligadas à área da Psicologia.
Espero que possam ser úteis para os profissionais e interessados pela área.
Josie Conti
Como quase todo sentimento, o medo não é algo simples de se compreender.
Talvez seja por isso que vemos tanto conteúdo sobre o assunto, mas que geralmente direciona os pensamentos para um ponto: supere seus medos.
Porém, essa belíssima animação chamada “Fears” em apenas 2 minutos nos joga para um outro ponto de vista sobre os medos. E se o seu medo salvar sua vida?
Como tudo da vida, o medo mostra-se necessário quando equilibrado. Vejam!!!
O vídeo abaixo foi produzido pelo Governo de Portugal e remete a um número de denúncia que não funciona no Brasil – o 144 funciona apenas lá. Entretanto, a história da animação possui conteúdo universal e merece ser compartilhada para prevenção de todos, independente do local do mundo onde estiver quem a assista.
Depois do vídeo, você encontrará os dados para denúncia no Brasil.
Em “Por que Heloísa?”, a autora Cristiana Soares se baseou numa história real para levar o espectador a repensar o conceito de deficiência.
O curta-metragem dá continuidade à trajetória de Heloísa, uma menina com paralisia cerebral, a partir do seu primeiro dia de aula em uma escola comum. Mostra também outros aspectos da primeira infância como suas relações familiares.
O vídeo apresenta recursos acessíveis para pessoas com deficiências auditiva e visual.
Esse vídeo foi criado e publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a reflexão sobre a depressão.
Atualmente, a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas no mundo inteiro.
Projeções da OMS estimam que no ano de 2030, entre todas as doenças, a depressão será a mais comum. Existem tratamentos efetivos, mas menos da metade dos afetados pela doença recebem qualquer tipo de tratamento. Os números da Previdência Social também não param de crescer e a depressão tem sido fonte de afastamentos longos e incapacidade para o trabalho.
Como existe uma grande chance da depressão tornar-se uma doenças crônica em que a pessoa pode ter diversos episódios de adoecimento ao longo da vida, o tratamento é fundamental.
Se você ou alguém próximo a você sofre de depressão, procure ajuda profissional. Esse pode ser o primeiro grande passo em direção a uma grande mudança. Esse cachorro preto não precisa ser um inimigo.
Grandma (Oma) é um curta de animação, dirigido por Karolien Raeymaekers, que retrata a história de uma menina que tem de dominar o seu medo em relação à iminente perda da sua avó que está gravemente doente.
Permeada por delicadeza e um toque de suspense, a animação mostra as sutilezas da relação única entre avó e neta, e o fantasma da morte e da perda.
Sozinha, a criança enfrenta o luto em um processo de desbravamento do ciclo da vida. É preciso encarar o medo para que as sombras se dissipem e o sol volte a brilhar.
A empatia é a capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias.
Ser empático permite que vivamos em comunidade com respeito e dignidade.
Na minha opinião, a sensibilidade para ser empático é uma das maiores qualidades que alguém pode ter.
O Emprego: Um vídeo que já circulou bastante pela internet, super premiado como curta de animação (ganhou 102 prêmios internacionais), conta a história do mundo ao nosso redor, no que diz respeito ao emprego e às funções a que nos sujeitamos para ganhar a vida. A animação foi produzida pela produtora independente da Argentina OpusBou e liderada pelo animador e ilustrador Santiago “Bou’ Grasso.
Trata-se de um dia de trabalho de um cidadão comum, da hora em que acorda ao momento em que chega, finalmente, ao seu emprego. A ideia é promover uma reflexão sobre o papel idiotizante e mecânico que existe por detrás de quase todo trabalho do mundo capitalista. Do começo ao fim, um vídeo que te faz pensar.
“Daisy Chain” nasceu como uma história de embalar e em três anos tornou-se um dos livros interativos de maior sucesso na Austrália. E também um curta metragem com a narração da atriz Kate Winslet.
O australiano Galvin Scott Davis começou a notar algo diferente no seu filho, Benjamin. Sempre que chegava da escola, o menino ficava mais calado e não tinha a mesma motivação que antes. “Ele estava mais reservado e descobri que tinha sofrido bullying na escola. Não foi um caso muito grave, mas foi suficiente para que perdesse a confiança”, contou ao jornal The Guardian.
Para reconfortar o filho, Davis decidiu contar-lhe uma história de embalar de alguns dos livros infantis da vasta coleção que tem em casa, mas não encontrou nenhuma história apropriada para aquele momento. Então, decidiu inventar uma. Assim nasceu a ideia para “Daisy Chain”, um conto sobre uma menina chamada Bree Buttercup, que é perseguida por outras crianças quando tiram uma fotografia dela e a colocam em todas as árvores do parque. É o próprio Benjamin quem ajuda Bree a combatê-los usando uma corrente de margaridas, a sua flor favorita.
Num período de 3 anos, a história deixou o quarto de Benjamin para tornar-se um dos livros interativos com o maior número de downloads na Austrália. Depois, foi feito um curta metragem com a narração da atriz Kate Winslet, que está a ser utilizado por grupos anti-bullying na Austrália, Estados Unidos e Reino Unido para a consciencialização das crianças nas escolas.
A animação “Perfeito”, de Mauricio Bartok nos mostra o quanto as idealizações e a expectativa de perfeição tornam nossos olhos despreparados para a real beleza que nos cerca.
Levado às últimas consequências, o perfeccionismo pode ser, de fato, destruidor.
A sociedade atual valoriza o individualismo e a competitividade. Os funcionários das empresas, hoje chamados erroneamente de colaboradores, recebem mensagens de que trabalhar em equipe é um valor da empresa. Entretanto, qualquer pessoa com um pouco de bom senso e olhar crítico verá que o que acontece o tempo todo é um total aniquilamento da individualidade e da fidelidade entre eles. Quem não se destaca é demitido. As terceirizações não param de crescer. Logo, o colega de trabalho é tido como rival.
A pessoa passa muito mais horas trabalhando em um ambiente que é hostil e onde não pode confiar verdadeiramente nas pessoas, portanto, sem vínculos verdadeiros.
Resultado: menos tempo com família e amigos, pois precisa manter o emprego.
Quando chega em casa, muitas vezes sozinha, a pessoa ainda tem que vender uma imagem de felicidade e boas relações (isso faz parte de seu papel social). E é aí que chegamos no ponto, pois é esse o questionamento relativos às redes sociais, por exemplo, onde as pessoas fabricam e postam imagens de viagens, fotos felizes, reuniões de amigos. É só entrar e veremos a infinidade de pessoas felizes (na maioria aparentemente mais felizes do que nós) falando de seus eventos sociais e outras realizações.
Sendo assim, é possível perceber que as redes sociais tornaram-se mais uma vitrine da imagem que as pessoas gostariam de passar do que propriamente um espaço para relações.
Outra coisa que as redes sociais parecem ilusoriamente sanar é a sensação de que estamos cada vez mais isolados e sem vínculos reais, ou seja, os amigos e os contatos virtuais preenchem de alguma forma o medo solidão.
“Eu compartilho. Portanto eu existo”. Esse é o tema da animação intitulada ” The Innovation of Loneliness” (A Inovação da Solidão, em tradução livre), inspirado no livro da psicóloga Sherry Turkle: Alone Together, onde ela analisa como os nossos dispositivos e personalidades online estão redefinindo a conexão humana.
Outras fontes: Conti outra, Awebic, Catraquinha, Sedentário & Hiperativo, Semema, Observador, Hypeness
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