O QUE FAZER
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Denunciar
Ao receber um vídeo e/ou imagem que esteja expondo a intimidade de outra pessoa, a decisão mais correta é denunciar esse conteúdo para que ele pare de circular o mais rápido possível. Toda ferramenta social (Whatsapp, Facebook, Instagram, entre outras redes) possui um canal de denúncia, portanto, o primeiro passo é procurar esse espaço. Outros sites também são úteis para o cidadão comum que deseja denunciar esse tipo de material, como o Atendimento Cidadão (www.cidadao.mpf.mp.br) e o Digi-Denúncia (www.prsp.mpf.gov.br/aplicativos/digi-denuncia), ambos do MPF (Ministério Público Federal), e o Safernet Helpline (www.new.safernet.org.br/helpline). Essas denúncias auxiliam a estabelecer políticas públicas de combate a permanência desses conteúdos na rede, além de virar alvo de investigações que podem chegar em grupos de pedofilia, por exemplo. Outra opção possível para denunciar é ir em qualquer delegacia com o vídeo recebido.
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Protestar
Uma boa maneira de protestar e mostrar indignação diante de casos como esse do Rio de Janeiro é escrever textos, discutir sobre o assunto com colegas, desconstruir pensamentos machistas de familiares e amigos e participar de manifestações nas ruas. O espaço virtual é um bom meio para disseminar conteúdo, no entanto, as pessoas tendem a ser mais agressivas na internet –muito porque se julgam protegidas pelo anonimato– do que em um debate presencial, quando se mostram mais empáticas.
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Conversar com quem tiver mandado vídeo e/ou imagem do crime
Se quem tiver mandado o vídeo e/ou imagem com a intimidade de outra pessoa for algum familiar ou amigo, converse para que repense a postura. Você deve explicar que a ação de compartilhar/distribuir/possuir esse conteúdo é crime. Deixe claro que não deseja mais receber esse tipo de material novamente.
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Discutir sobre gênero nas escolas
Para combater a cultura do estupro, é preciso abordar a temática de gênero nas escolas com as crianças. Ignorar temas como desigualdade de gênero, consentimento e o respeito ao corpo do outro faz com que o estupro vire um tema tabu. As crianças são expostas a questões de gênero desde cedo, basta pensar em alguns ditados machistas que escutam dos pais como “amarra suas cabras, que meu bode está solto”. Ao falar de gênero nas escolas, a conscientização sobre o tema será maior e, assim, a ação será focada na prevenção da violência contra a mulher e não só na punição dos casos.