Tão inquietantes como atraentes, essas perturbações têm a capacidade de nos fascinar e de nos ajudar a contemplar a mente humana como algo maravilhoso, infinito e fascinante.
No entanto, enquanto a maioria de nós tem ouvido falar de transtornos mentais como a esquizofrenia ou do transtorno obsessivo compulsivo, há uma grande lista de condições psicológicas que são estranhas e anormais. A seguir, apresentamos uma lista de problemas mentais não tão comuns que afetam às pessoas normais:
Quem sofre com esta síndrome tem a convicção de que uma pessoa próxima foi substituída por um impostor idêntico. Esta síndrome ou delírio é mais frequente em pessoas com esquizofrenia, ainda que também ocorra em pacientes com demência, epilepsia ou com traumatismo craniano.
É o inverso do delírio de Capgras. Neste caso, a pessoa que padece da síndrome de Fregoli tem a angustiante crença de que diferentes pessoas são, na realidade, uma só pessoa que muda sua aparência ou que se disfarça.
Assim como na síndrome de Capgras, a síndrome de Fregoli ocorre com maior frequência em pessoas com esquizofrenia, ainda que também ocorra em pacientes com demência, epilepsia ou lesões cerebrais traumáticas.
A pessoa afetada tem o pensamento delirante de que está morto, de que não existe. De que está em estado de decomposição ou que perdeu seu sangue e seus órgãos internos. Observa-se com maior frequência em pacientes com depressão psicótica ou com esquizofrenia.
Consiste na crença delirante de que um lugar foi duplicado, ou seja, que existem simultaneamente cópias desse mesmo lugar. Por exemplo, o paciente com paramnésia reduplicativa pode pensar que o hospital em que se encontra foi duplicado e mudou de lugar. É como se o paciente sentisse que há mundos paralelos.
As pessoas que sofrem com esta síndrome acreditam que suas próprias mãos não pertencem a si mesmas, mas sim que possuem vida própria. Às vezes, as pessoas com esta doença personificam o membro estranho e acreditam que as mãos possam estar possuídas por algum espírito ou algo similar. Geralmente, este problema aparece em pessoas que sofreram danos no corpo caloso, estrutura que une os hemisférios cerebrais.
É uma doença neurológica na qual a percepção da imagem, do espaço e do tempo se destorce. O sintoma mais preocupante da micropsia ou macropsia é a alteração da imagem corporal, já que quem a sofre está confuso em relação ao tamanho e a forma das partes de seu corpo. Isto resulta em um verdadeiro temor e apreensão.
Esta doença associa-se com a enxaqueca, tumores cerebrais, consumo de drogas, infecções… O melhor tratamento é o descanso. Também é conhecido como a síndrome de Alice no País das Maravilhas.
A síndrome de Jerusalém caracteriza-se pela presença de ideias obsessivas, delírios ou outro tipo de experiências relacionadas com temas religiosos. Esta síndrome se desencadeia em uma visita à cidade de Jerusalém.
A afecção não se limita a nenhuma religião e costuma surgir em pessoas que tiveram um histórico de doença mental anterior à sua estadia em Jerusalém. Os delírios ou as ideias obsessivas costumam se dissipar depois de vários dias distante desta região.
A síndrome de Paris se dá em cidadãos japoneses durante sua visita à capital francesa. Estas pessoas sofrem de uma crise nervosa durante sua visita; no entanto, também se observou em turistas japoneses que visitaram qualquer parte da França ou da Espanha em geral.
Parece ser um quadro grave derivado do choque cultural, a partir do qual sentiram sintomas físicos e emocionais de ansiedade, tais como desrealização, despersonalização, ideias delirantes, alucinações, etc.
Dos 6 milhões de turistas japoneses que visitam a cidade a cada ano, só há uns 20 afetados. Suspeita-se que os desencadeadores podem ser a idealização, a barreira da linguagem, o cansaço físico e mental e o confronto com hábitos culturais radicalmente diferentes.
A pessoa que sofre com a fuga dissociativa viaja de maneira inesperada e perambula perplexa sem estar consciente de sua identidade e da razão que a levou até ali. Geralmente, estes episódios ocorrem devido ao sofrimento de um forte período de estresse emocional e físico, a ingestão de substâncias psicotrópicas e em decorrência de algumas doenças.
A pessoa que sofre com a síndrome do sotaque estrangeiro fala sua língua materna com sotaque estrangeiro. É uma doença pouco frequente e costuma ocorrer depois de um forte traumatismo craniano ou alguma lesão que afete os núcleos cerebrais da fala.
A síndrome de Estocolmo caracteriza-se pela simpatia e lealdade que uma pessoa sequestrada sente pelo sequestrador. Esta síndrome tem sido descrita em sequestros, violações, abuso infantil, submissão conjugal, etc.
Como curiosidade, esta síndrome deve seu nome ao roubo de um banco em 1973 em Estocolmo (Suécia). Os reféns ficaram tão unidos emocionalmente aos sequestradores que inclusive, chegaram a se negar a testemunhar contra eles.
É o caso contrário da síndrome de Estocolmo. Aqui, os reféns tornam-se simpáticos aos olhos de seus raptores, que acabam por sucumbir aos seus desejos e necessidades. É possível que esta reação obedeça aos sentimentos de culpa e à indecisão moral dos sequestradores.
A origem do nome surgiu a partir do sequestro de reféns na Embaixada do Japão em Lima (Peru). Catorze membros do Movimento Revolucionário Túpac Amaru (MRTA) tomaram centenas como reféns durante vários dias. Entre eles políticos, diplomatas e militares. Porém, com o passar do tempo, eles foram sendo liberados porque os sequestradores começaram a entender a situação que estes estavam vivendo.
A síndrome de Stendhal caracteriza-se pela ansiedade física e emocional, pelas experiências dissociativas, pela confusão e inclusive pelas alucinações que uma pessoa sofre quando contempla uma obra de arte.
Isto ocorre, geralmente, quando se está observando uma obra particularmente bela ou ao se concentrar de maneira exagerada em uma só criação artística. Podemos designar na mesma categoria à reação de uma pessoa ante uma imensa beleza no mundo natural. Em geral, esta experiência é limitada e as pessoas afetadas não necessitam de uma intervenção maior do que medidas de apoio.
A síndrome de Diógenes se caracteriza pelo desleixo extremo, pelo isolamento social, pela apatia e o acúmulo compulsivo de lixo. Frequente principalmente em idosos e se associa à demência progressiva. A seguir, vamos comentar algumas curiosidades do homem que deu nome a esta doença.
Diógenes de Sinope (412 o 404 a. C. até 323 a. C.) era um filósofo grego, cínico e minimalista. Sua filosofia se baseava na crença de que o propósito da vida era viver uma vida de virtude, de acordo com a natureza e negando todos os desejos convencionais (riqueza, poder, saúde e fama).
Dizem que viveu em um barril de vinho nas ruas de Atenas. Era famoso por seu descaramento e desenvoltura em seus intercâmbios com Alexandre, o Grande. Conta-se que, em uma ocasião, Alexandre, o Grande, disse a Diógenes “Peça-me o que quiser” e Diógenes respondeu “Afaste-se, pois está me tirando o sol”.
Os transtornos que mostramos são só alguns dos poucos de uma enorme lista repleta de transtornos psicológicos raros que nos deixam pasmados. Esperamos que tenha gostado!
Texto reproduzido originalmente no site Melhor com saúde
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