Sabemos que viver sob o mesmo teto que alguém não é garantia de uma convivência saudável e harmoniosa. Ninguém está livre de experenciar conflitos em casa, nem mesmo quando se trata de família.
O ambiente familiar deveria ser o local de maior paz e tranquilidade, onde as pessoas se sentem absolutamente livres para ser quem são, e onde encontram carinho e acolhimento. Mas, para muitas pessoas, essa parece uma ideia bem distante, talvez até utópica.
É preciso dizer, no entanto, que não é impossível transformar um lar pouco saudável em um ambiente onde impera o respeito e onde todos encontram caminhos para se desenvolverem como seres-humanos. Mas, para que essa transformação aconteça, é preciso que todas as pessoas da casa colaborem, evitando comportamentos que prejudicam o ambiente familiar. Confira abaixo algumas dicas para identificar se você está indo contra ou a favor da harmonia no seu lar.
Ninguém gosta de ser criticado a todo momento, não é mesmo? O problema é que muitos pensam que podem tratar com certa agressividade verbal as pessoas do seu convívio, principalmente as mais próximas.
É preciso ter sempre em mente a velha máxima, “trate os outros como gostaria de ser tratado”. Mas atenção: é preciso manter a cordialidade mesmo que você não receba esse mesmo tratamento de volta. Afinal, cada um oferece aquilo que tem.
Quando alguém apresenta uma mudança positiva de comportamento, isso pode servir como estímulo para os demais membros da família fazerem o mesmo.
Todos nós sabemos que conviver com uma pessoa que não para de reclamar pode ser insuportável! A questão é que por vezes a pessoa reclamona nem percebe que está tendo esse tipo de comportamento disfuncional.
É compreensível considerar que a sua casa é o ambiente mais seguro para reclamar, visto que não dá para fazer isso em todo lugar. Mas é preciso dosar esse comportamento. Uma pessoa que nunca para de reclamar tornar uma ambiente familiar muito desagradável.
Que tal dosar melhor? É possível inclusive adicionar um pouco de bom humor às suas reclamações, ou então escolher um momento para se desligar dos problemas e só relaxar na companhia da família.
Não raramente a pessoa que se faz de vítima é a mesma que reclama o tempo inteiro. Essas pessoas nunca assumem a responsabilidade pelos seus fracassos e precisam sempre encontrar um outro culpado.
Geralmente, o resultado disso é que as pessoas do convívio familiar acabam não dando credibilidade à “vítima” e não fazem questão da companhia dela, pois entendem que não podem contar com ela para fazer as coisas acontecerem.
As brincadeira fazem parte da construção da intimidade entre as pessoas, mas é claro que há um limite para isso. Se a sua piada estiver entristecendo, constrangendo ou intimidando alguém, já não é mais uma brincadeira, mas sim uma atitude tóxica. O mesmo vale para a manipulação : colocar uma pessoa contra a outra, contar segredos que lhe foram confiados, falar pelas costas, mesmo fingindo que é para o bem do outro.
Quando esse comportamento acontece dentro de casa sem nenhum tipo de repressão, certamente será levado para as relações fora de casa. Sentir-se bem ao manipular e constranger os outros é uma característica perigosa e destrutiva, pois prejudica a vida da própria pessoa e de todos à sua volta.
Crianças e adolescentes têm no comportamento dos adultos a sua maior referência sobre como agir nas mais variadas situações da vida. Portanto, os adultos precisam assumir a responsabilidade de dar um bom exemplo.
Todos podemos nos transformar se realmente quisermos ser pessoas melhores e estabelecer laços afetivos de qualidade na vida. Essa mudança é ainda mais importante quando a pessoa se torna exemplo para os mais novos, pois ela assume uma posição de mentoria na formação do caráter das crianças e adolescentes.
Não tenham medo de mudar as regras da casa, que valem para todos: elogiem mais e critiquem menos, dosem melhor as reclamações, pensem em soluções ao invés de se fazerem de vítimas. Respeitem todos da casa, não importa a idade que tenham.
Para que essas mudanças aconteçam, pode ser necessário reunir toda a família e ter uma conversa franca, com respeito, sem apontar culpados, sem ofender nem envergonhar ninguém. Aponte o que está errado, diga por que é ruim e sugira mudanças.
Todos merecem um ambiente familiar saudável e feliz. Não tenha receio de lutar por isso!
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