O medo do abandono tende a se originar na infância, geralmente em ambientes familiares invalidantes, negligentes ou abusivos em que uma criança é levada a crer que é dispensável ou que não importa.
Muitas pessoas que convivem com o medo de abandono podem experimentar um estilo de apego inseguro, tendendo a ficar ansiosos, esquivos ou vacilar entre os dois extremos, especialmente quando seus medos vêm à tona. Situações na infância em que uma criança não pode contar consistentemente com seus cuidadores para obter apoio emocional ou físico ou mesmo para atender às suas necessidades básicas geralmente resultam em um estilo de apego inseguro e um subsequente medo de abandono.
Ter medo de ser abandonado pode causar estragos nos relacionamentos românticos de uma pessoa. Muitos podem parecer “pegajosos” ou se tornar possessivos ou manipuladores como formas de tentar evitar que seus medos venham à tona. Ironicamente, quanto mais próximo e íntimo é um relacionamento, mais intenso se torna o medo do abandono, o que pode levar a uma profecia autorrealizável.
Embora existam muitas maneiras pelas quais o medo do abandono pode se manifestar nos relacionamentos românticos de uma pessoa, cinco das mais comuns são:
Muitos dos que experimentam o abandono na infância ou na dolescência constroem muros emocionais para se proteger nas relações. Eles aprenderam que a vulnerabilidade leva a mais abandono, por isso dificilmente baixam a guarda e tendem a não confiar em ninguém. Para eles, manter uma distância “segura” do outro em um relacionamento é uma espécie de autoproteção.
Você certamente conhece alguém que parece ter uma necessidade absurda de contar detalhes íntimos sobre si a qualquer pessoa e que muitas vezes “força intimidade” com gente que acabou de conhecer.
No cerne desse padrão de comportamento, muitas vezes há uma criança que se sentia invalidada por seus cuidadores primários na infâsncia. Pessoas com esse histórico podem carregar cicatrizes de dores sufocadas e pedidos de ajuda não ouvidos. Convivendo com o medo constante de não serem ouvidos ou compreendidos, se esforçam ao máximo para tentar criar conexões instantâneas com as pessoas.
Muitos dos que experimentam o abandono precoce tendem a usar os relacionamentos como um meio para atingir um fim. Nessas situações, procuram qualquer motivo para cortar os laços com alguém.
Eles podem recorrer a insinuações desdenhosas, argumentar ferozmente sobre assuntos banais ou constantemente desvalorizar o outro na tentativa de causar uma briga e “encontrar” um motivo para um rompimento. O objetivo inconsciente é abandonar o relacionamento primeiro para evitar a dor emocional de um rompimento inesperado.
Isso geralmente se desenrola como uma profecia autorrealizável. Escolher parceiros emocionalmente indisponíveis pode ser visto como um “desafio”, no qual o objetivo inconsciente é conquistar aquela pessoa ou surgir como um herói que irá resgatá-la.
Concentrar-se no desafio de conquistar um parceiro emocionalmente indisponível funciona como uma distração das próprias feridas e medos profundos da pessoa. Para muitos que se encontram nesse padrão, muitas vezes é instintivamente “mais seguro” perseguir alguém que não pode fornecer a eles a conexão emocional e a intimidade que merecem, o que reforça negativamente esse padrão de “perseguir” pessoas indisponíveis.
Quando o medo do abandono é o tema predominante nos relacionamentos de uma pessoa, ela tende a se espelhar nos outros como forma de se sentir aceita, valorizada e desejada. Esse padrão geralmente começa na infância e se solidifica na adolescência.
Muitas pessoas que convivem com um senso de identidade frágil acabam assumindo os maneirismos, crenças, pensamentos, sentimentos, opiniões e comportamento das pessoas mais próximas a elas, na tentativa de minimizar o medo de abandono. Como resultado, elas não sabem que realmente são fora de um relacionamento. Além disso, mudam de “identidade” – adquirem novos gostos, valores, hobbies e interesses – a cada novo relacionamento, sempre se adequando ao outro.
“Paradoxalmente, a capacidade de FICAR BEM sozinho é a condição para amar verdadeiramente ALGUÉM.” — Erich Fromm
Pessoas que carregam profundos medos de abandono não se sentem capazes de ficar bem sozinhas. Para elas, passar um tempo desfrutando apenas da própria companhia pode desencadear um crítico interno ou levá-las à auto-sabotagem, o que reforça negativamente seus medos.
Para se curar desse padrão, um dosm primeiros passos é enfrentar o passado e reconhecer quando essas feridas surgiram e como elas afetaram sua vida. As dicas para a cura incluem: reconstruir um senso de identidade própria, melhorar a auto-estima, aprender estratégias de enfrentamento mais saudáveis, estabelecer e manter limites sólidos, entender os efeitos da codependência nos relacionamentos e no senso de identidade; e, por último, procurar ajuda profissional.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do Psychology Today.
Fotos: Reprodução.
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