A ansiedade pontual, aquela que dura algumas horas ou dias por causa de uma preocupação, um objetivo, um fato estressante ou um desafio a cumprir a curto prazo, causa sérias consequências em nosso corpo. No entanto, no momento em que a ansiedade se mantém no tempo, não é gerenciada e permitimos inclusive que vá mais além, seu impacto psicológico prejudica a nossa saúde e diversos aspectos dos quais nem sempre somos conscientes.
Hoje, em nosso espaço, queremos falar sobre estes efeitos, sobre o impacto que, muitas vezes, associamos a outras dimensões descuidando da raiz do problema: nossa ansiedade subjacente.
A dilatação das pupilas não relacionadas à sensibilidade à luz é um sintoma de um problema subjacente que é necessário conhecer e tratar. Ter as pupilas dilatadas pode se dever, entre outras causas, a um estado de alerta mantido. Quando nossa ansiedade é muito elevada, é comum experimentar este sintoma tão pouco usual que pode nos provocar desde enjoos a ver luzes estranhas ao nosso redor, ou a ter uma redução da nossa qualidade visual.
A dificuldade para engolir enquanto comemos ou bebemos é outro sintoma muito comum quando experimentamos ansiedade. Este sintoma se chama disfagia e é uma clara somatização decorrente da ansiedade. Ele se relaciona com nossas glândulas encarregadas de produzir saliva.
Não podemos nos esquecer de que a ansiedade tem uma finalidade muito concreta: nos preparar para a fuga.
Portanto, o principal objetivo do nosso corpo é reservar todos os líquidos para cuidar dos músculos, porque eles são os que devem nos ajudar a correr, a fugir, e assim, este líquido será guardado para que possamos suar. Se não temos saliva na boca por causa da própria ansiedade, é muito difícil que a mastigação dos alimentos seja realizada e que, portanto, possamos engoli-los confortavelmente.
A ansiedade fará com que todas as veias e artérias de nosso corpo se contraiam com uma finalidade muito específica: oferecer mais sangue aos músculos. A circulação, portanto, será mais intensa e isso favorece que ocorra a vasoconstrição, o que pode levar a cefaleias.
Este tipo de dor de cabeça costuma ser mais comum nas primeiras horas do dia e à tarde.
Há certas partes de nosso corpo que tendem a acumular em maior grau tanto a ansiedade quanto o estresse. Falamos do pescoço, dos ombros, das costas e da mandíbula.
Se você notar que a dor na mandíbula é mais intensa pelas manhãs e que inclusive chega até os seus ouvidos, o mais provável é que esteja sofrendo de bruxismo, ou seja, que à noite esteja rangendo os dentes por causa do estresse e da ansiedade.
É necessário consultar um médico, dado que, embora um aparelho dental possa nos ajudar neste caso, o ideal seja trabalhar quais são nossas fontes de ansiedade para que possamos gerenciá-las da forma mais adequada.
Todos já experimentamos isso alguma vez: ao enfrentar uma situação de ansiedade, como uma prova ou uma entrevista de emprego, é comum que tenhamos que ir ao banheiro várias vezes.
É um fato comum, mas ao mesmo tempo curioso porque, quando sofremos de ansiedade, o rim costuma produzir menos urina. A razão? Pela já comentada anteriormente: economizar os líquidos para oferecê-los aos músculos.
Por sua vez, na necessidade básica de eliminar pesos desnecessários para escapar mais rápido, nosso cérebro nos ordena ir ao banheiro para eliminar a urina, e isso faz com que acabemos indo muitas vezes para eliminar apenas “algumas gotinhas”.
Este sintoma é estranho, mas quem já sofreu de um período de ansiedade ou de estresse muito intenso saberá do que estamos falando.
É quando, repentinamente, temos a clara sensação de que o que nos envolve não é real. É como ver o mundo estando de fora, sem nos sentirmos parte dele.
A que se deve? Bem, temos que dizer, em primeiro lugar, que se este fenômeno ocorre com frequência é preciso consultar um médico.
Nosso cérebro não processa de modo adequado esta situação, e é comum notar esta incômoda sensação.
Para concluir, estamos certos de que em alguma ocasião você já notou algum destes sintomas. Não há problema se isso acontece uma ou duas vezes, o maior risco reside em que estas situações se tornem algo comum e recorrente.
Peça ajuda, fale com seu médico e comece a gerir melhor seus focos de ansiedade.
Imagem de capa: Shutterstock/TuYyo
TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE
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