Muitas famílias ainda depositam nos irmãos mais velhos responsabilidades extras, incompatíveis com sua idade, baseadas em frases repetidas por gerações. Embora algumas delas possam parecer inofensivas ou bem-intencionadas, seus efeitos podem ser negativos, impactando a autoestima e as relações familiares.
De acordo com a reflexão feita pela psicóloga Nanda Perim à revista Crescer, a ordem de nascimento tem consequências importantes tanto para a relação da criança consigo mesma quanto com os adultos e os irmãos. “Dependendo do que escuta, a criança internaliza crenças e começa a acreditar que, para ser amada e ter um lugar naquela família, ela tem que ser de um jeito ou de outro, tem que ser exemplo para o irmão, tem que cumprir o que aquelas frases dizem”, explica.
Essa dinâmica, segundo a psicóloga, pode prejudicar os vínculos familiares, aumentando rivalidades e ressentimentos. “Isso atravessa muito a construção de uma relação de conexão amorosa ou não entre os irmãos, acaba trazendo uma rivalidade, cria um excesso de responsabilização, traz ressentimento…”
Confira abaixo algumas frases comuns dirigidas aos irmãos mais velhos e os motivos pelos quais Nanda Perim acredita que elas devem ser evitadas:
Comparar as crianças gera rivalidades e prejudica o relacionamento entre elas. A frase pode levar a sentimentos de insuficiência na criança mais velha, que começa a achar que é “menos” do que deveria ser. Nanda Perim orienta que a responsabilidade seja ensinada sem comparações: “Você pode dizer apenas: ‘Eu preciso que você tenha responsabilidade, quero que aprenda a ser responsável’, e, é claro, mostrar ao seu filho como fazer isso.”
Esse tipo de frase reflete as expectativas do adulto, mas ignora que a criança oferece o que é capaz, dentro de seu próprio tempo. Nanda Perim ressalta que nunca se é “grande demais” para desejar atenção das pessoas que amamos: “A missão do adulto é ensinar essa criança a comunicar melhor suas necessidades, conforme ela cresce.”
Essa frase reforça uma expectativa do adulto sem considerar as necessidades e capacidades da criança. Aprender algo novo exige repetição e erros. Nanda destaca que isso independe da idade ou da ordem de nascimento. “Será que não é o adulto que precisa rever a forma de ensinar algo a cada filho?”
Embora frequente, essa frase questiona se assumir mais responsabilidades foi algo realmente positivo no passado. Muitas vezes, os mesmos adultos que a utilizam lamentam não terem aproveitado mais a infância. Além disso, comparar crianças ou minimizar suas capacidades não é eficaz para ensiná-las a serem responsáveis.
Embora, em algumas famílias, essa prática seja necessária em momentos específicos, Nanda alerta para os riscos de torná-la uma obrigação. “A criança não tem maturidade e não pode ser responsabilizada pelo cuidado com outra criança. Além disso, é arriscado. Não é raro vermos relatos de acidentes em que irmãos estavam sob os cuidados de outros, ainda crianças, sem habilidade para isso.”
Reprimir emoções é prejudicial em qualquer idade. Segundo Nanda Perim, aprender a lidar com as emoções é um processo que precisa ser legitimado pelos adultos. “Independente da idade, do gênero, de ser mais velho ou de ser mais novo, a criança precisa aprender que as emoções dela têm valor, fazem sentido. E, sim, ela tem o direito de chorar.”
As frases que direcionamos aos irmãos mais velhos podem moldar sua personalidade e impactar negativamente suas relações. Refletir sobre o que dizemos e como nos comunicamos é essencial para fortalecer os laços familiares e permitir que as crianças cresçam de forma mais saudável e equilibrada.
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