Uma boa notícia para os defensores dos animais: A empresa de consultoria norte-americana AT Kearney é responsável por um estudo que aponta que 60% do consumo mundial de carne em 2040 não terá mais origem no abate de animais. De acordo com o relatório, 35% da carne será produzida em laboratório e 25% terá origem vegana, com base em produtos de origem vegetal semelhantes em aparência e sabor.
Só 15% do que é produzido hoje no setor agrícola é destinado para o consumo humano (a maior parte da produção de grãos e vegetais é utilizado para a alimentação de animais que serão abatidos para consumo). Entretanto, segundo a AT Kearney, a previsão é que até 2040 apenas um quarto das plantações será destinado aos insumos para os animais. O relatório da empresa foi produzido por meio de um trabalho de pesquisa realizado a partir de entrevistas coletadas com especialistas do mundo inteiro.
Ainda de acordo com a consultoria, estão crescendo cada vez mais rápido algumas empresas como Beyond Meat, Impossible Foods e Just Foods, que usam ingredientes extraídos de plantas para substituir hambúrgueres, ovos mexidos e outros produtos. Desde maio, a Beyond Meat faturou US$240 mil de dólares (R$921,6 mil na atual cotação) e estima-se que esse valor já dobrou desde então.
Segundo Carsten Gerhardt, parceiro da AT Kearney, a transição em direção ao vegetarianismo e veganismo é inegável, com muitos consumidores reduzindo o consumo de carne e, como resultado, ficando mais conscientes em relação ao meio ambiente e bem-estar animal.
Gerhardt conta ainda que, no ano passado, a produção de carne com o abate de animais totalizou 10% do PIB global. “Para aqueles que são apaixonados por carne, o aumento previsto de produtos de carne cultivada em laboratório significa que eles ainda irão saborear a mesma dieta que sempre tiveram, mas sem o mesmo custo ambiental e animal”, concluiu Gerhardt.
***
Destaques Psicologias do Brasil. Com informações de: Galileu.
Foto destacada: Pixabay.