Quando entendemos que o nosso principal compromisso é com nós mesmos, que devemos cuidar de nós mesmos, nos amar e nos proteger sobre todas as coisas e de todas as pessoas, não estamos sendo egoístas, estamos apenas mostrando grande sabedoria, colocando no lugar principal a única pessoa isso deve estar ali: nós mesmos.
O fato de reconhecer que o ser humano que foi colocado no comando mais importante é a nós mesmos, não são nossos pais, nem nossos filhos, nem um casal, nem um irmão ou um amigo, é um passo gigantesco no caminho que nos leva para o nosso estado de bem-estar.
O propósito de nossas vidas deve sempre ser orientado para a nossa felicidade como primeira escolha e na busca do bem para todos aqueles que nos rodeiam. Antes dessa compreensão, o egoísmo não se encaixa, enquanto nossa conexão com nós mesmos é estabelecida e aprendemos a nos amar, é melhor agirmos com aqueles que fazem parte de nossas vidas.
Somos responsáveis por como nos sentimos, como nos adaptamos às situações que nos são apresentadas, quão rapidamente aprendemos e quanto recursos investimos no que nos interessa ou nos envolve.
Assumir essa responsabilidade nos dá a possibilidade de fazer as mudanças que consideramos necessárias para ajustar nossa vida à conveniência, de modo que seja mais fácil e mais agradável vivê-la. Pode até dar um pouco de medo, porque o resultado é transcendental, sabendo que somos responsáveis por nossa felicidade, nossa tristeza, nossas conquistas, nosso fracasso, totalmente responsável, pode ser esmagador. Mas, por sua vez, é uma luz que temos disponível, é a possibilidade de mudança, é todo o potencial em nossas mãos para ter a vida que gostaríamos.
Pessoalmente, gosto de ser responsável, prefiro sentir que se há algo de que não gosto, posso modificá-lo, que se alguém me magoar, posso me afastar, que se houver uma oportunidade, posso tirar proveito disso, que tenho em mim tudo o que preciso para me sustentar, para ser feliz, para me nutrir, para avançar e crescer no meu caminho. E gosto de pensar que quanto melhor eu sou, melhor as pessoas que eu quero, sem qualquer egoísmo.
Por: Sara Espejo – Rincón del Tibet , adaptado por A Soma de Todos os Afetos
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