A capacidade de chorar é uma característica emocional única entre os seres humanos e pode ter vários significados. O choro é saudável e faz parte da vida de todo mundo, não importa a idade, uma vez que desde as crianças até os idosos, choram.
O choro é uma legítima expressão de emoções que ocorrem em nossas vidas do nascimento à morte. Chorar de felicidade, raiva, dor, tristeza ou por qualquer motivo, faz parte da existência. Quando somos crianças, sobretudo bebês, o choro concebe as nossas necessidades, de cuidado, abrigo e acalanto.
Chorar cultiva o bom funcionamento do organismo, pois é importante chorar na medida de nossas sensações de alegria ou sofrimento por algum tipo de situação. Mas quando viramos adultos, choramos cada vez menos, porque os adultos têm enormes dificuldades de mostrar suas emoções, principalmente em público.
Porém, algumas pessoas creem que chorar é vergonhoso para quem chora e constrangedor para quem assiste e traz ainda o receio de serem percebidas como fracas, hipersensíveis e que as outras pessoas poderiam sentir “dó” ou “pena” delas.
Pensou-se, por anos, que as lágrimas eram sinal de fraqueza de um indivíduo, visto que pessoas que choravam eram incapazes de assumir seus erros e buscavam a piedade dos outros. Também há aquela preocupação com as “lágrimas de crocodilo”, uma arma poderosa que pode comover as pessoas em qualquer situação.
Por esses motivos alguns adultos, quando olham uma criança chorando, mostram uma certa agonia, tendo uma reação comum ao dizer à criança: “não precisa chorar”, “agora passou” ou então: “pare com isso”, “deixe de ser chorão”, “parece mulherzinha”.
Hoje as pesquisas comprovam que as lágrimas derramadas ativam a produção de uma enzima que atua como anestésico natural, bem como eliminam as toxinas que se acumulam no organismo por causa do estresse, da depressão e da ansiedade, que afetam a saúde das pessoas.
Além do mais, chorar permite um processo catártico onde as pessoas se aliviam das tensões, por efeito das lágrimas, assim como as risadas, têm bons resultados terapêuticos. É por isso que após o choro, 88,8% das pessoas sentem uma melhora no humor.
Mas o mundo competitivo diz que devemos ser fortes e chorar é coisa para fracos. Isso é um mito, pois Freud nos ensinou: “Que existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente”. Enfim, o choro é uma catarse para descarregar os sentimentos suprimidos e os pesares da vida.