Ana Maria Braga, apresentadora da TV Globo, declarou nesta segunda (27), estar com câncer de pulmão, pela terceira vez, e que seu tratamento se baseia em imunoterapia e quimioterapia. A recorrência nesse tipo de câncer não é incomum.
“Eu tive dois pequenos cânceres de pulmão no passado. Um foi operado e o outro foi tratado com radiocirurgia. Agora infelizmente eu fui diagnosticada com outro câncer de pulmão, é um adenocarcinoma, semelhante aos outros, mas que é mais agressivo e não é passível de cirurgia ou de radioterapia”, disse a apresentadora durante seu programa matinal.
Carlos Henrique Teixeira, que é coordenador da oncologia torácica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que a agressividade de cânceres de pulmão faz com que seja comum a recorrência, mesmo com tratamentos anteriores de sucesso. Por isso, é necessário manter um acompanhamento dos pacientes.
O câncer de pulmão ocupa o segundo lugar no ranking dos cânceres brasileiros e a primeira colocação no mundo em incidência e mortalidade, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer).
O adenocarcinoma, subtipo da doença que atinge a apresentadora, representa cerca de 40% dos cânceres de pulmão, de acordo com o Instituto Oncoguia. A doença atinge mulheres em uma proporção um pouco superior aos homens.
Tosse, perda de peso, falta de ar, dor torácica, rouquidão, tosse com sangue e falta de apetite estão entre os sintomas do câncer de pulmão.
Geralmente existe uma relação íntima entre câncer de pulmão e tabagismo. “O cigarro pode aumentar em até 20 vezes a chance de câncer”, diz Teixeira. “Os pacientes que, após o diagnóstico do câncer, continuam fumando ainda aumentam a chance de recorrência.”
Também pode haver componentes genéticos no câncer de pulmão. Nesses casos, é possível optar pelas chamadas terapias-alvo, que são direcionadas especificamente para a mutação genética que provoca o câncer.
Em seu programa, Ana Maria afirmou que está fazendo tratamento combinado de quimioterapia e imunoterapia. A combinação é que se tem de melhor atualmente no combate ao tipo de câncer enfrentado pela apresentadora.
A ideia da imunoterapia é, basicamente, ativar com maior intensidade o sistema imunológico do paciente para que ele mesmo identifique e combata o câncer. A terapia ainda tem preços elevados, mas os resultados para diversos tipos de câncer são animadores.
Um dos pontos positivos, segundo Teixeira, são os menores efeitos colaterais, o que permite um tratamento mais prolongado.
O especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz enfatiza que o diagnóstico precoce ajuda em melhores prognósticos para o tratamento. Por isso, pacientes que fumaram um maço por dia pelo menos 20 anos e que tenham entre 55 e 74 anos devem ter acompanhamento e podem fazer exames de rastreamento.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Notícias ao Minuto.
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