A conclusção do exame de insanidade mental de Andréia Freitas de Oliveira, acusada de tirar a vida do filho Gael, de três anos, é que ela sofre de transtornos psiquiátricos. A mulher está presa preventivamente.
Segundo o laudo anexado ao processo judicial, Andréia sofre de “transtorno dissociativo”. O distúrbio faz com que o doente apresenta alterações na consciência, na identidade, na memória, na percepção do ambiente e no controle de movimentos e do comportamento. A pessoa se distancia, involuntariamente, da realidade e depois tem dificuldades para se lembrar dos acontecimentos.
O documento, que foi assinado pelo perito Richard Rigolino, do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc), conclui ainda que Andréia estava, por ocasião do crime, “privada de sua capacidade de compreensão e volição, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito” dos seus atos.
A recomendação do perito é que a mulher receba “tratamento psiquiátrico compulsório em regime de internação, em vista do caráter imprevisível e episódico do transtorno, com encaminhamento posterior para tratamento semi-intensivo de manutenção”.
Sobre o crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, o menino Gael faleceu no dia 10 de maio de 2021 após ser vítima de agressões no apartamento da família. Ele vivia com a mãe, a irmã dele de 13 anos e a tia-avó de Andréia, de 73 anos. Testemunhas relatam que a mãe do menino teria tido um surto psicótico e cometido o crime sem nenhum motivo aparente.
O garoto foi encontrado desacordado na cozinha pela tia-avó. Ele foi levado à Santa Casa de São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos. No dia seguinte, a mãe do menino foi presa pela Polícia Civil.
A defesa da mãe havia dito na época que Andréia não se lembra do que aconteceu na noite em que o filho faleceu.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Isto É.
Fotos: Arquivo pessoal/ Reprodução.