Por Theo Ruprecht
As mudanças no dia a dia para controlar os níveis de açúcar no sangue nem sempre são fáceis de adotar. “Muitos pacientes se sentem sobrecarregados por terem que se preocupar continuamente com o que comem, com a atividade física e com a monitorização da glicemia”, elenca a psicóloga Fani Malerbi, da Sociedade Brasileira de Diabetes. Isso ajuda a explicar a constatação de um novo estudo da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Ele mostra que depressão, ansiedade e distúrbios alimentares surgem com maior constância entre diabéticos. Felizmente, com o apoio dos especialistas, dá pra se adaptar aos novos hábitos sem sofrer – e se beneficiar com eles.
Os três vilões do bem-estar
Transtornos alimentares
Mulheres com diabetes têm um risco duas vezes maior de apresentar essas desordens. Ocorre que a má alimentação gera perigosas oscilações nas taxas de glicose.
Ansiedade
Além de mais frequente em gente com o sangue doce, ela atrapalha o tratamento. Isso porque seus sintomas não raro se confundem com os da hipoglicemia.
Depressão
Acomete cerca de 15% dos diabéticos – duas vezes mais do que a população em geral. A melancolia tira o ânimo das pessoas para ajustar o estilo de vida e se medicar direito.
Quando o estopim está na cabeça
Em certos casos, um mal que abala o cérebro abre as portas para o diabetes. “A depressão é um fator de risco independente para o desenvolvimento do tipo 2 da doença”, afirma Fani. “Já as compulsões alimentares podem levar à obesidade”, completa. Aí, é o excesso de gordura no corpo que atrapalha o trabalho da insulina e acaba contribuindo para a maior concentração de açúcar nos vasos sanguíneos.
Texto original do M de Mulher