Nos 60 anos de Cássia Eller, filho da cantora diz se inspirar na mãe e fala sobre briga pela sua guarda

Há exatos 60 anos nascia Cássia Eller, a agarota tímida que viria a se tornar uma das maiores vozes femininas do Brasil e que nos deixou no auge do sucesso, aos 39 anos, vítima de um infarto. Como homenagem à cantora, foi lançado ontem o álbum “Cássia Eller e Victor Biglione in blues”, produzido pelo guitarrista que divide a obra com ela e gravado pelos dois em 1992. Vinte anos após a partida de Cássia, não são poucas as canções do repertório da artista que seguem na memória do público. Chico, filho da cantora, hoje tem a mesma profissão da mãe e acredita que a forma com que ela se apropriava das obras que cantava é o grande destaque de seu legado.

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“Respeito muito e tento até trazer para a minha carreira o cuidado e o carinho com os quais ela escolhia as músicas que gravava. Por isso, tinha esse resultado. As pessoas falam que a música é dela. Como ‘Malandragem’, por exemplo. Não dizem que a música é do Cazuza e que a Cássia gravou. Essa propriedade vem de uma certeza do que você faz, e isso é uma baita aula de como lidar com o que você gosta de fazer.”, avalia o filho

Durante sua trajetória, Cássi eller também se tornou heroína da causa lésbica, e, mesmo após sua partida, seu legado causou transformações. Após o falecimento da cantora, a namorada e o pai de dela travaram uma disputa judicial pela guarda de Chico, que ficou com a viúva. Foi a primeira vez em que a Justiça brasileira concedeu a guarda para a mulher da mãe biológica.

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“Vou tomando consciência disso com o tempo e (ao acompanhar) a vida prática das pessoas, quando falam dela para mim. Outro dia uma amiga me atentou para isso da guarda. É o que mais me impressiona. É muito maneiro o fato de a Cássia representar isso também”, ressalta Chico, que lembra a dificuldade da perda: “Convivemos pouco tempo, foram oito anos. Mas tenho lembranças vivas. Durante uma fase, não conseguia escutá-la. Depois achei maneiro, porque , apesar de ela ter morrido, ainda posso escutar minha mãe falando o meu nome, por ter gravado ‘Meu amor, meu Chicão’, contou.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do Extra.
Fotos: Reprodução.






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