A morte de Evelyn Daiana Carrera, de 35 anos, desencadeou uma onda de indignação na Argentina e resultou na abertura de duas investigações: uma por possível abuso sexual dentro do hospital onde estava internada e outra por suposta má prática médica.
Evelyn faleceu na última quarta-feira após semanas internada no Hospital Central de Mendoza, devido a complicações de uma cirurgia realizada para tratar um problema intestinal.
No dia 12 de dezembro, durante uma visita à filha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a mãe de Evelyn recebeu um bilhete escrito pela própria paciente em um guardanapo, no qual estava escrito: “Me abusaram, me abusaram”. Sem conseguir falar, Evelyn usou a escrita para comunicar o que teria ocorrido. Em seguida, escreveu uma nova mensagem insinuando que um enfermeiro teria sido o responsável pelo abuso, afirmando que o ataque aconteceu seis dias antes.
A família registrou a denúncia imediatamente, e o Ministério Público solicitou as imagens das câmeras de segurança do setor onde Evelyn estava internada. O objetivo é identificar os profissionais que estavam de plantão nos dias que antecederam a denúncia e apurar o caso.
Com a morte de Evelyn, uma nova investigação foi aberta para verificar se houve negligência ou erro médico no procedimento cirúrgico ao qual ela foi submetida, já que sua complicação pós-operatória pode ter sido determinante para o óbito.
Mãe de dois filhos, uma adolescente de 15 anos e um jovem de 17, Evelyn deixa uma família em luto e levanta novamente questões sobre segurança e ética no atendimento hospitalar. O caso segue em investigação pelas autoridades argentinas.