O amor tóxico está presente em muito mais relações do que imaginamos. Algo que leva os relacionamentos por um caminho de amargura e um futuro de iminente término.
Porém, talvez seja o tipo de amor que nos ensinaram. Esse que aprendemos fruto dos medos, de nossas ilusões e de nossas crenças um tanto desacertadas.
Hoje abordaremos algumas características do amor tóxico que estão nos impedindo de nos sentirmos felizes e plenos em nossos relacionamentos.
Tentar mudar o outro
No amor tóxico, uma constante é a intenção de mudar a outra pessoa. Desejamos que se transforme na imagem do parceiro perfeito que nós temos em nossa mente.
Desta maneira, evitamos aceitar à outra pessoa e amá-la como é. O que na verdade amamos é a ideia de que um dia o outro se torne esse parceiro perfeito que temos idealizado em nossa cabeça.
Isto só traz frustração, já que mudar a alguém é uma tarefa árdua, que nos faz perder muita energia e, provavelmente, não trará os resultados desejados.
A dependência emocional
Poderíamos dizer que este é um dos grandes males do nosso tempo. O medo de ficar só, de que ninguém nos queira, faz com que nos tornemos dependentes emocionais.
Às vezes, atrás dessa atitude se esconde uma infância cheia de carências afetivas e traumas que causaram tudo isso nas futuras relações estabelecidas.
Porém, a dependência emocional absorve, consome e confunde o amor com um forte vício.
Possuir não é amor
Este é outro dos grandes equívocos que levam muitos casais pelo caminho da amargura.
- Possuir, não permitir respirar, oprimir, controlar, não é amor, é insegurança.
- Ninguém nos possui, nem pertencemos a ninguém. Somos livres e não teríamos que nos encontrar jamais nessa situação.
Porém, por trás de toda essa possessão há uma desconfiança com relação ao parceiro. Um medo de que ele seja infiel, de que se envolva com outras pessoas, de que o abandone…
Às vezes, isto surge porque a própria pessoa tem pensamentos deste tipo. Em outras ocasiões, é fruto de uma experiência negativa da qual a pessoa saiu machucada por alguns destes motivos.
Diante da frustração, levante a mão
Bater em alguém que você diz amar, maltratar a pessoa, não é algo que deveria ser permitido. Por pior que as coisas tenham sido feitas, ninguém deve jamais levantar a mão para você (e vice-versa).
Quando seu parceiro o maltrata, às vezes não só fisicamente mas também verbalmente, é uma evidência de que o amor está sendo tóxico.
As diferenças devem ser faladas, ninguém tem que ser submetido à força a vontade do outro. O respeito tem que estar sempre presente.
Adeus às amizades
É compreensível que nos primeiros meses de um relacionamento você se separe e pense pouco em suas amizades. A novidade chama você e quer conhecer muitas coisas a respeito daquela pessoa que o cativou em tão pouco tempo.
Porém, quando isso se estende depois de um ano, dois ou três, a situação pode ser mais delicada.
- Você já não vai a lugar nenhum se não levar seu parceiro junto, não fica com seus amigos se sua outra metade não pode e os encontros com eles diminuem de forma drástica.
- Há algo que talvez não considere, é que as amizades, se bem cuidadas, duram a vida inteira. Porém, um relacionamento, às vezes, tem os dias contados.
Cuidado, porque quando o outro faltar você vai querer se refugiar em seus amigos. Porém, talvez eles já não estejam mais ali para você.
Amor baseado em ilusões
Este é o amor tóxico do qual nos custa muito nos desprendermos, pois tem muito a ver com a primeira fase do envolvimento.
As expectativas e as ilusões fazem com que idealizemos nosso parceiro. Mas, o que acontece depois de que o tempo passa? Que tudo isso se acaba e começamos a nos incomodar com coisas que antes passavam por alto?
Muitos casais não sabem porque seu relacionamento mudou com o tempo. Mas é que o amor maduro abre os olhos desde o início e não se deixa levar por expectativas que só são reais em nossa mente.
Você se identificou com algum destes tipos de amor tóxico? Agora que os conhece, é o momento de evitar cair neles, ainda que seja difícil e custe muito esforço.
TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE
Imagem de capa: Shutterstock/Beatriz Gascon J