A maioria das pessoas já passou em sua vida por momentos de taquicardia, estado de alerta, sensação de ameaça ou perigo, dificuldades para respirar, sensação de sufocamento na garganta, etc… sintomas da ansiedade. No entanto, esta reação tão espontânea que nos invade às vezes tem grandes mitos ao seu redor que impedem que saibamos realmente em que consiste a ansiedade.
A maioria de nós só conhece os sintomas, mas há algo a mais por trás deles?
1. A ansiedade não pode ser considerada uma doença
Pode ser que consideremos a ansiedade uma doença porque, às vezes, ela incapacita a pessoa que sofre. Em algumas ocasiões, causa reações que assustam e que as pessoas que estão ao redor não compreendem.
No entanto, isso não faz com que seja uma doença. Embora surja de maneira frequente e incontrolável, não há nada que esteja funcionando de forma incorreta em nosso corpo ou em nossa mente. Devemos apenas aprender diversas estratégias que nos ajudem a enfrentá-la, e não permitir que controle nossas vidas.
2. Posso morrer?
Quando as sensações da ansiedade o invadem, você pode pensar que vai morrer. De repente, sua garganta parece se fechar e você não consegue respirar bem.
No entanto, pensar assim só piora os sintomas, que se acentuarão e farão com que você se sinta ainda pior. Seu corpo está reagindo diante de um perigo, mas, qual?
- Não se pode morrer por ansiedade, porque esta não mata, e seus sintomas também não. Tudo que você sente em seu corpo não vai resultar no que você teme.
- Você não vai ficar sem ar, sua garganta não vai fechar.
3. É uma resposta normal diante de uma ameaça
A ansiedade é uma resposta normal que nos permite proteger-nos diante de uma ameaça que afeta a nós ou a alguém que amamos. Portanto, podemos dizer que todos, em algum momento, a experimentamos.
No entanto, há situações em que esta resposta não está cumprindo sua função.
Quando aparece em circunstâncias nada ameaçadoras, sem que nada a tenha provocado, e tudo dá lugar a uma reação desmedida, estamos diante de um problema.
Quando não é funcional e não nos ajuda, e só provoca mal-estar, então é necessário investigar do que temos medo, o que não superamos, ou quais problemas estamos enfrentando.
4. A ansiedade provoca mudanças importantes em nós
Embora não pareça à primeira vista, a ansiedade provoca alterações em nós que fazem com que nosso corpo aja da maneira como está programado para enfrentar uma situação de ameaça.
- Assim, em relação a nossa parte cognitiva, começam a passar por nossa mente imagens e pensamentos que não apenas nos ativam, mas nos permitem pensar e estabelecer uma estratégia de fuga.
- Por outro lado, em relação à parte motora, nossos músculos e nosso corpo se preparam, se colocam em estado de tensão para realizar tudo que nossa mente mandar, seja correr, fugir, se esconder.
- Por último, entra em ação a fisiologia, na qual encontramos as taquicardias, a sudorese, a dor de cabeça ou os incômodos gastrointestinais.
O corpo está reagindo diante da ameaça para poder enfrentá-la da melhor forma possível. No entanto, tudo isso não é útil para nós porque costuma acontecer quando, na realidade, não há perigo algum.
5. Com o tempo, nossa saúde sofre
É verdade que a ansiedade em si é algo natural, e embora apareça quando não deve, não teria motivo para ser algo excessivamente negativo. No entanto, viver em um constante estado em que, quando menos esperamos, a ansiedade marca presença, pode acabar prejudicando a nossa saúde.
Podemos ficar com o sistema imunológico debilitado, sofrer de depressão, insônia, e até perda de memória a curto prazo. Saber a origem da ansiedade nos permitirá cortá-la pela raiz para que comece a cumprir sua função natural e não apareça quando apenas nos traz mal-estar.
Ignorar os sintomas, não fazer nada ou tomar medicamentos para combatê-la não fará com que este problema desapareça por si só.
É necessário tratar a sua causa.
Imagem de capa: Shutterstock/Antonio Guillem
TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE