Por Joana Collaço
Numa tarde de 6ªfeira, os meus Pais foram buscar-me à escola mais cedo, dizendo que tinha de ir ao médico. Fiquei chateado, primeiro porque não me deixaram terminar o jogo de futebol, segundo porque não percebi porque tinha de ir ao médico se não me doía nada. Chegámos ao consultório e a médica mandou-nos entrar, fiquei surpreendido….uma médica sem bata?! uma sala cheia de brinquedos?! pensei que se calhar se tinham enganado, mas rapidamente percebi que não. A médica disse que era uma “pesicóloga”. Não percebi muito bem o que isso queria dizer, mas ela lá me explicou e falou comigo. Fez-me perguntas sobre os meus amigos, o que gostava de fazer, o futebol etc… eu continuei sem perceber o porquê de estar ali. Foi então, que finalmente os meus pais me disseram que eu estava ali porque me andava a “comportar mal” e eu fiquei na mesma sem perceber! Depois começaram a ler uma lista enorme de queixas, entre elas:
Enquanto os meus pais faziam queixinhas, a médica ia olhando para mim, observando o meu comportamento a brincar. No final, ela disse muita coisa, falou de regras e coisas do género, mas a única frase que me ficou na cabeça foi que o problema não estava em mim, mas sim na atitude dos meus pais. Desta não estava à espera, ela não pôs as culpas em cima de mim?! Epa esta consulta não doeu nada, venham mais médicas como esta!
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