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A distância e o amor

Atualmente, temos visto muitos casos de relacionamentos que se estabelecem mesmo que exista uma distância geográfica considerável entre as pessoas envolvidas na relação. Alguns não veem a menor possibilidade de engatarem em  um relacionamento assim,outros creem que é possível.

O fato é que o avanço da tecnologia tem facilitado este tipo de relacionamento. O que pode gerar uma sensação de encurtamento da distância geográfica através da comunicação virtual.

Obviamente, existem diversos fatores que podem gerar desconforto como, a saudade por não ser possível encontrar a pessoa amada com frequência, o ciúme também pode ser ocasionado pela fantasia de achar que o outro está muito distante fisicamente e não pode ser controlado ou vigiado.Quando na verdade,nunca estamos no controle de absolutamente nada e de ninguém.

Contudo, para que qualquer relação possa ser estabelecida de forma saudável é preciso ter confiança; e maturidade para encarar as situações adversas que possam surgir. Além de ter sinceridade e muito diálogo sempre.

Talvez, a pior distância não seja a física, mas sim a emocional.Aquela que faz o outro não sentir-se importante,desejado e amado pelo companheiro Quando há falta de diálogo,falta de interesse concreto pelo bem estar do outro,ou seja,quando não há o compartilhamento efetivo da vida em todos os aspectos.

Sabemos que não existem fórmulas certas para qualquer relacionamento, mas podemos adotar algumas atitudes para que possamos nos relacionar melhor com quem amamos.Como por exemplo, expressar afetividade com atitudes e palavras,admitir erros,escutar o que o outro tem a dizer,motivar o parceiro e não manter segredos entre si,são algumas das muitas atitudes que podemos desenvolver para evitar o distanciamento emocional na relação.

Com isso, poderemos estreitar os laços e não permitir que a individualização contemporânea corrompa a nossa maneira de nos relacionar com quem amamos.Para tanto,é preciso ter humildade e coragem para engatar frente ao desconhecido.Relacionar-se é sempre conhecer algo novo a cada dia.

Que possamos construir pontes que encurtem as distâncias através das nossas atitudes cotidianas, através da comunicação constante e do afastamento ,quando esse se fizer necessário.E que não venhamos apenas através do advento da proximidade virtual, estabelecermos a conexão com o outro.É preciso  também o toque para que as conexões não sejam breves ou banais.

Para que haja a construção de vínculos, é preciso estar mais do que apenas conectado,mas sim engajado naquilo que nos move,o amor.É preciso estreitar as distâncias para que uma relação de fato se estabeleça.

 

Andressa Franceschi

graduada em Psicologia,com ênfase em Psicologia clínica,pelo Centro Universitário Celso Lisboa,Rio de Janeiro.( CRP 05/47436).Pós Graduanda em Psicologia Jurídica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).Atualmente trabalho em uma Ong voltada para crianças carentes no Rio de Janeiro, onde desenvolvo projetos psicoeducativos visando a promoção dos Direitos Humanos.

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