Socialmente falando, temos várias concepções de pai: o presente, o ausente, o carinhoso, o dedicado, o agressivo e por aí vai. Já a mãe, tem o papel definido, gesta, dá à luz e amamenta, ou seja, não tem opções de variações definidas na relação com a criança, talvez mais tarde, mas não é regra, mãe é mãe.
Esses fatores contribuem fundamentalmente para que os laços sejam naturalmente mais fortes, no entanto, para a criança, é necessário primeiramente reconhecer-se nos pais e ser reconhecida por eles, para a construção de sua identidade.
Mas afinal, qual é o papel do Pai?
A função do pai é histórica, sociológica e antropológica de “O provedor”. Só isso? Trazer alimentação, impor limite e segurança? Pensando neste viés, é preciso salientar que o papel do pai é mais importante do que o espaço já determinado na sociedade e é mais do que comprovado, que o reflexo no futuro de uma criança que teve um pai presente em momentos especiais, simples ou casuais é determinante para a formação de sua identidade e este contato pai/filho ou pai/filha é preciso ser fortalecido desde a concepção.
Diferentemente do que socialmente acredita, a rejeição paterna traz mágoas e marcas profundas, traz dores físicas e emocionais para uma criança; a dor emocional pode ser revivida por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência a agressividade na vida adulta.
Sabemos da importância da figura masculina na formação da personalidade e identidade da criança desde a infância até sua vida adulta. Crianças que não conheceram limites advindos do pai, irão procura-los em tudo, e quando adultos, frequentemente os encontrarão em situações conflituosas e perigosas (álcool, drogas e prostituição).
O ser/indivíduo/pai transcende essas pressuposições medievais e pensando neste viés, é importante sua presença. A relação pai e filho ou filha, deve ser criado e fortalecido deste da concepção do bebê, é através do pai que a criança descobre o limite, constrói sua personalidade e identidade, constrói característica até sua vida adulta. Claro, a presença do pai vai muito além.
Acredita-se que a criança precisa da figura masculina no decorrer do seu desenvolvimento e dados estatísticos nos dizem que crianças que não crescem com a presença do pai, tendem a desenvolver característica mais agressiva ou optar pelo isolamento.
Pensando na importância da figura masculina destaco o pai solteiro e pai separado.
No caso do pai solteiro, que não está preparado para receber um filho, devido um relacionamento esporádico ou uma concepção indesejada, após o nascimento, acaba por relegá-lo aos cuidados dos avós, que podem de alguma forma suprir a devida necessidade de atenção e carinho, exatamente por este pai ainda se encontrar no papel de filho, não estando maduro o suficiente para uma relação própria de pai e filho tão exigente. Assim, o pai não fazendo muita questão desta relação o vínculo se perde ou no mínimo se desgasta o suficiente para o afastamento.
O pai separado ou divorciado teve um filho planejado, proveniente de um relacionamento fixo e estável por algum período de tempo e tem a consciência do vínculo permanente com o filho, porém, ao separar, não consegue conduzir a relação saudável com a mãe e a família, se afastando e com isso quem sempre perde é a criança, que fica de uma hora para outra, sem uma representação masculina. Outro fator que precisa chamar atenção é que este pai depois da separação tende a relacionar-se com outra pessoa e assim, devido este novo relacionamento com novas perspectivas, tende a perder o contato com o filho.
Pai, participe do desenvolvimento do seu filho ou da sua filha.
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