Por Soraya Rodrigues Aragão
O objetivo deste artigo é conscientizar a sociedade acerca da importância da parceria família-escola, enfatizando os meios para que este fim seja alcançado. Em outras palavras, visa elucidar o trabalho do psicólogo na instituição escolar, promovendo modos que facilitem a construção e o resgate desta assessoria, visando o envolvimento dos pais no processo educacional e escolar, no intuito de estarem diretamente implicados em suas funções genitoriais com relação educação de seus filhos no contexto escolar.
A razão reside no fato de que a família delega à escola a tarefa do processo de educar, se distanciando cada vez mais de seu papel, sendo a participação do núcleo familiar fator decisivo para a formação do sujeito e das implicações deste na sociedade.
A família é a principal instituição social, é a “célula-mater” da sociedade. No entanto, a família tradicional nuclear patriarcal está se tornando cada vez mais rara, pois a cultura é dinâmica e sendo assim está sempre em constantes transformações sociais, atualizações políticas e econômicas que repercutem diretamente na estruturação da família, favorecendo o surgimento de novas formas de organização familiar. Estas novas formas de organização, igualmente legítimas, fazem surgir também novas demandas, as quais o psicólogo deve estar capacitado para atuar, através de sua formação profissional e ética.
Sendo assim, escola e família devem estar integradas e em sintonia com a proposta pedagógica , bem como com suas intervenções. O núcleo familiar , dentro de suas condições, precisa participar mais ativamente de todos os processos pedagógicos, devendo valorizar este vínculo, não somente por obrigação ou conveniência; por exemplo, através das chamadas de reuniões e entrega de notas, mas também para sugerir, opinar, questionar e indagar através da gestão democrática escolar.
Esta prática possibilita a construção de novas propostas mais adequadas, pois estas podem e devem estar sujeitas a constantes atualizações, de acordo com o surgimento de novas demandas, repercutindo individual e socialmente no alunado e na própria instituição.
No entanto, o que observamos, que esta responsabilidade que deveria ser compartilhada, no final das contas acaba sendo delegada somente escola, como se ensino escolar pudesse dar conta de toda a dinâmica educacional que o próprio nome sugere. Vale a pena salientar que a explicação para esta postura não se encontra diretamente relacionada somente com questões econômicas, já que este comportamento de distanciamento constatado tanto em escolas públicas quanto privadas, bem como em diferentes classes sociais. Desta forma, envolvem variáveis como, por exemplo, mudança do papel da mulher na sociedade, competitividade no mercado de trabalho e transformações da estrutura familiar como um todo.
Como o psicólogo pode intervir?
O psicólogo entra em cena como catalisador de transformações e agente de mudanças. Por este motivo, o profissional da Psicologia deve estar ciente de suas atribuições, não realizando trabalhos que não sejam de sua função, bem como não sobrepondo papéis. Por exemplo, ser psicólogo e ao mesmo tempo professor na mesma Instituição inviável. Sua função deve ser específica e pontual, visando atingir objetivos específicos concernentes sua área de atuação.
O psicólogo deve se apropriar das questões fundamentais daquele contexto escolar em particular, e a partir desta premissa, planejar, através de estratégias coerentes e intervenções pertinentes, a resolução dos impasses que se apresentam naquela instituição.
Neste caso, escola e família devem estar integradas, em sintonia com a proposta pedagógica, bem como com suas intervenções, devendo o núcleo familiar ter participação ativa de todos os processos pedagógicos, devendo valorizar este vínculo, por obrigação ou conveniência, através das chamadas de reuniões e entregas de notas, mas também para sugerir, opinar, questionar, indagar, através da gestão democrática escolar, acerca da possibilidade de novas propostas mais adequadas, pois estas podem e devem estar sujeitas a constantes atualizações de acordo com o surgimento de novas demandas e que repercute individual e socialmente no alunado.
No entanto, o que observamos, que esta responsabilidade compartilhada no final das contas acaba sendo delegada escola, como se ensino escolar pudesse dar conta de toda dinâmica educacional que o próprio nome sugere. Vale a pena salientar que a explicação para este fenômeno não se encontra diretamente relacionada somente com questões econômicas, já que foi constatado seja em escolas publicas como privadas, bem como em diferentes classes sociais, não se tratando somente de questão cultural, mas envolvendo variáveis como, por exemplo, mudanças do papel da mulher na sociedade, competitividade no mercado de trabalho e transformações da estrutura familiar como um todo.
Sendo assim, até que ponto escola e família estão devidamente elucidadas e preparadas para cumprir a parceria da proposta acima sugerida?
Sua intervenção deve ser assertiva, diretiva e eficaz, estabelecendo através do conhecimento do trabalho de campo, o conhecimento das deficiências e carências daquela escola e a partir deste ponto, trabalhar com os recursos disponíveis, se apropriando daquela realidade especifica e de suas transformações, adequando suas atividades dinâmica que se apresenta.
Para este fim, o psicólogo deve planejar intervenções no intuito de apropriar-se do imaginário que perpassa nas famílias acerca das funções e responsabilidades atribuídas à escola, bem como elucidar acerca do papel da instituição como facilitadora e responsável por esta parceria, objetivando o sucesso e melhoria da qualidade de vida educacional do aluno.
Planejar intervenções que se apropriem da realidade daquela escola em particular, ・ crucial neste processo, visto que cada instituição possui suas peculiaridades, não existindo, portanto, uma metodologia pronta e acabada para todas as escolas, mas intervenções apropriadas à realidade de cada escola.
Intervenções e estratégias:
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