A maternidade e sua versão em cor de rosa (ou não).

Há ainda nos tempos atuais uma visão cor de rosa e encantada a respeito da gestação e até porque não dizer da maternidade, logo, quem não se encontra nesse perfil pode se sentir muitas vezes excluído.

Existem muitas mulheres que de fato estão felizes, satisfeitas e desencanadas com o assunto, se sentindo lindas e encantadas com o mundo novo que lhe é apresentado, mas nem todo mundo pensa da mesma forma.

Respeitar essas diferenças, compreender as inquietações de cada indivíduo é o primeiro passo para a convivência mais harmônica nessa etapa.

Vários são os processos que ocorrem do momento em que se descobre que está grávida até o nascimento do bebê, e as experiências e expectativas de cada um, cabe a cada um.

Os indivíduos constroem sua subjetividade de acordo com as experiências que passaram e carregam consigo muitos traumas e situações vivenciadas, que são transportadas para um momento presente, às vezes sem se dar conta disso.

A plenitude ou não desse momento não deve ser mensurada, escalonada ou potencializada entre a família e sim, compreendido de aquele momento único cabe a pessoa que o vive, sem dedos apontados.

Seja a criança planejada ou não alguns choques são inevitáveis para algumas pessoas. Não só a mudança física, que mês a mês se torna visível, mas os aspectos psicológicos são altamente afetados, seja pela própria produção hormonal diferenciada ou pela ansiedade da nova etapa de vida.

Há dúvidas comuns, como não ter plena certeza de ser capaz de cuidar do ser humano tão pequenino ou se o momento realmente era o ideal para aquela gestação.

Vários são os conselhos, que de boa intenção ou não, podem ser invasivos ou até mesmo não se encaixar no perfil de quem os ouve, logo, o silêncio pode ser uma virtude nessas horas.

Quando se decide ou quando simplesmente sem planejamento descobre-se que está grávida, a mulher precisa refletir o que para ela, como indivíduo, é essencial ou não naquele momento, sem julgamentos próprios ou alheios.

E segue aqui três fundamentos básicos para essa reflexão: 1) Nem todos são obrigados a pensar de forma igual; 2) Cada ser em substância e forma é único; 3) As responsabilidades cabem a quem realiza escolhas.

Então, mamães e futuras mamães, aproveitem a etapa das mudanças e voltem seus pensamentos para o que há de mais importante: você e o bebê.

Thyara Fernandes

Pós-graduada em Direito Público, hoje estudante de psicologia e apaixonada pelo curso. Casada, servidora pública e uma leitora feliz de sites e livros. Desejo seguir uma nova carreira na psicologia ou aliar os conhecimentos jurídicos já adquiridos e adorados.

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