COMPORTAMENTO

A metáfora do iceberg de Sigmund Freud

O conceito de inconsciente, especialmente estudado pela corrente psicanalítica e psicodinâmica. De fato, o inconsciente é um dos pilares básicos usados por Sigmund Freud para elaborar suas conhecidas teorias.

Mas, embora a psicanálise possa ser um tanto complexa de entender, às vezes as metáforas ou comparações têm sido usadas com outros aspectos da realidade para facilitar a compreensão do que teoria propõe. Um exemplo é a metáfora do iceberg de Freud, sobre a qual falaremos ao longo deste artigo.

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Psicanálise e consciência

A psicanálise é uma das correntes teóricas mais conhecidas e populares na história da psicologia, embora não seja a mais validada e tenha sido frequentemente desconsiderada por outras correntes psicológicas. Esta escola de pensamento e corrente teórica, cujo teórico inicial foi Sigmund Freud, se concentra principalmente no estudo do inconsciente, considerando que o comportamento humano atual é o produto de conflitos entre o nosso impulso e a repressão e gestão destes por parte do consciente.

Seu surgimento baseia-se fortemente nas correntes de pensamento da época e na visão cada vez mais médica da histeria, e com o passar dos anos o autor estava desenvolvendo uma visão cada vez mais complexa de sua teoria sobre o funcionamento psíquico.

Suas teorias sobre o desenvolvimento psico-sexual de menores (oral, anal, fálico, latência e genital) e sua diferenciação entre o elemento instintivo, self e superego ou censura, são especialmente bem conhecidas.

Também relevante é a sua consideração da libido ou energia sexual como a principal fonte de energia psíquica e dirigida, e seu profundo trabalho sobre as neuroses femininas e a histeria (especialmente prevalente em um período de forte repressão sexual como o vitoriano, algo que tem ser levado em conta ao avaliar seu foco neste aspecto).

Mas, para entender tudo isso, é necessário entender primeiro que diferença existe entre o consciente e o inconsciente, algo que pode ser facilmente percebido graças à metáfora do iceberg de Freud. Vamos ver em que consiste.

A metáfora do iceberg de Freud

Esta é uma metáfora através da qual pretendemos mostrar e demonstrar a existência de corpos ou partes de nosso aparelho mental que não são directamente acessíveis ao nível voluntário e consciente. A semelhança ocorreria entre as diferentes partes ou instâncias da consciência e a visão de um iceberg, uma massa de gelo que flutua no oceano.

Essa metáfora não foi descrita em detalhes por Sigmund Freud, mas por seus seguidores e intelectuais interessados ​​em psicanálise, e especialmente por Stefan Zweig. É uma explicação bastante visual das diferenças entre as instâncias psíquicas ou níveis de consciência propostos por Freud, que por sua vez servem de base para outro de seus modelos.

Este modelo mencionado expõe três estruturas básicas que Freud compõem a nossa personalidade: o ID ou parte primitiva e instintiva que obedece o princípio do prazer, o superego ou parte de censura derivada do social e o ego ou elemento que sublima os impulsos para o que é aceitável para a psiqué com base no princípio da realidade.

Se nos focarmos na imagem de um iceberg visto do chão, só conseguiremos ver a parte que se projeta da água, e de vez em quando podemos observar, entre as águas, como uma pequena área que está no limite emerge ou submerge e contata diretamente a superfície da água.

No entanto, há uma grande parte, na verdade, geralmente muito maior do que a visível, que é submersa e para a qual não temos acesso visual a menos se submergimos. Essa imagem seria diretamente comparável e equivalente ao funcionamento de nossa estrutura psíquica, especificamente na identificação de níveis de consciência.

1. O consciente: a parte emergente do iceberg

De acordo com as idéias de Freud, somos capazes de ver apenas uma pequena parte emergente que corresponde à atividade mental que podemos detectar direta e voluntariamente, além de supor um nexo entre o mundo externo e nossos processos mentais.

Estaríamos diante da instância conhecida como consciente, totalmente sob nosso controle e na qual, portanto, não há mecanismos de defesa ativos que os bloqueiem. No entanto, neste elemento é onde a nossa energia psíquica interna é mais contida, uma vez que exercemos o controle direto deles.

2. O limite entre o submerso e o emergido: o pré-consciente

Podemos também encontrar uma segunda instância chamada pré-consciente, que corresponderia à parte do iceberg que está entre o emergido e o submerso de tal forma que dependendo do movimento das águas e das circunstâncias pode ser visto.

É o conjunto daqueles conteúdos que geralmente não são identificáveis e que não podemos trazer à nossa consciência à vontade, mas que podem emergir em nossa psique de uma maneira abrupta e quando fazemos um grande esforço para trazê-los à luz. Segundo Freud, para isso devemos superar a existência de mecanismos de defesa que reprimem esses conteúdos por meio da seleção ou supressão.

3. O inconsciente: a grande massa submersa

Finalmente, e talvez mais relevante, por exemplo, a psicanálise, que corresponde à grande massa de gelo que permanece submersa e invisível para ver o iceberg a partir da superfície, mas, no entanto, é essencial para a existência do que a emergiu.

Nós estamos falando sobre o conceito de inconsciente, que incluiria todo o conjunto de unidades, impulsos, desejos, instintos primitivos ou mesmo memórias reprimidas, que se move pelo princípio do prazer e permanece oculto de nossa consciência, exceto na medida em que veio para estabelecer uma solução de compromisso para se tornar aceitável para o aparato psíquico. O inconsciente seria nossa parte mais primitiva, pura e natural, na qual a energia psíquica se move com total liberdade.

Ele também seria o mais forte e que mais marca nosso modo de ser e a direção a tomar na vida, mas é fortemente reprimida e censurada por vários mecanismos de defesa quando tal conteúdo é inaceitável.

TEXTO TRADUZIDO DE PSICOLOGÍA Y MENTE

REDAÇÃO PSICOLOGIAS DO BRASIL

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