A neurose obsessiva também penetrou na sociedade digital, impactando o comportamento psicológico e social das organizações, sobretudo, dos sujeitos. Ela é uma condição na qual a mente de alguns indivíduos é invadida por imagens, ideias e palavras fixas, que reforçam a perseguição e a importunação de outrem. Tais obsessões se tornam incontroláveis e são experimentadas como patológicas, na medida em que recusa temporariamente a liberdade de pensamento e ação.
O conceito freudiano de neurose obsessiva está ligado ao bloqueio do desenvolvimento dos sujeitos. E tem o papel de fixação e regressão à fase psicossexual infantil. Os narcisistas são os que mais apresentam esse tipo de neurose, não apenas por serem egocêntricos. Mas por terem uma egomania extremamente frágil, que não consegue suportar a diferença.
Os narcisistas passaram a ser muito conhecidos como neuróticos predominantes na sociedade pelo seu exibicionismo na internet, porque são hábeis manipuladores de aparências e anseios. E ainda possuem a submissão de uma plateia entorpecida.
Além disso, os neuróticos obsessivos e narcisistas são uma complexa reação psíquica de um novo reordenamento político, social e digital. Porém, na relação com os outros, eles têm no ódio uma força que nega – o amor – e assevera uma falsa moral para proteger os seus objetos de desejos. Tudo ocorre por meio de projeção de textos, imagens e deslumbres, que são ordenados por egos inseguros.
No entanto, a neurose obsessiva e narcísica busca um ligeiro alívio psicológico da condição humana, procurando soluções fáceis ao preço da violência e da servidão. É um comportamento social baseado no patriarcalismo, que é um sistema neurótico caracterizado pela alienação psíquica inconsciente.
O psicanalista Erich Fromm descreve esses sujeitos como clinicamente fanáticos e excessivamente narcisistas, que estão próximos a psicose com tendências paranoicas, pois estão desligados do mundo como qualquer psicótico. Mas os fanáticos encontraram uma saída que os salva da psicose. Por isso escolhem uma causa, qualquer que seja: política, religiosa e outras e as endeusam, agora digitalmente.
Hoje, determinados grupos e pessoas são incapazes de discutir, de modo equilibrado, os seus problemas psicossociais. A modernidade líquida está transformando o mundo em uma casa de neuróticos virtuais, que acreditam que pela estupidez podem resolver as suas divergências, causando medo, angústia, ansiedade, recalque, isolamento e morte.
Enfim, a psicanálise deve ser formulada de tal modo, que torne entendíveis os aspectos inconscientes desses sintomas e de suas condições causadoras de doenças na sociedade, que destroem a capacidade de lucidez e compaixão das pessoas. Aliás, a teoria psicanalítica precisa estudar essa nova neurose crônica associada à cultura digital, que impulsiona o caráter autoritário, obsessivo e narcísico, que até então estava oculto no inconsciente individual e coletivo.
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