A relação entre a publicidade e a autoestima das pessoas

O impacto da publicidade na autoestima com o próprio corpo

Ao longo das últimas décadas, a relação entre publicidade e autoestima se tornou cada vez mais indiscutível, influenciando especialmente meninas e mulheres a seguirem um padrão impossível de ser alcançado.

Numa matéria sobre o tema, o jornalista Joel Miller coletou dados e estatísticas alarmantes em relação a publicidade nos dias de hoje. Segundo ele, a média de peso das modelos mais famosas é cerca de 23% menor do que a média das mulheres americanas comuns, enquanto há 20 anos, essa diferença era de apenas 8%. Além disso, 69% das meninas e adolescentes do país afirmaram que as modelos das revistas e dos anúncios publicitários influenciam nas suas percepções de um corpo perfeito.

Por que a busca pela perfeição continua a ser seguida?

Apesar de algumas empresas se esforçarem em mostrar modelos com corpos reais nas suas propagandas, como aconteceu recentemente na campanha da Aerie, ainda é extremamente comum assistir a anúncios que exaltam homens e mulheres com corpos perfeitos e sem nenhuma grama de gordura corporal. Em muitos casos, as pessoas que não se encontram nesse padrão ainda são utilizadas para o alívio cômico nos anúncios, o que evidencia o grande problema dessa questão.

Talvez muitos se questionem o porquê desse padrão elevado de perfeição continuar sendo tão utilizado dentro do meio publicitário. A razão disso, infelizmente, são as pesquisas de mercado realizadas pelas marcas, as quais já concluíram inúmeras vezes que o grande público responde melhor a imagens que causam sentimentos de admiração. Sendo assim, as marcas de vários segmentos apostam nessa estratégia, como marcas de perfumes, carros, jóias, relógios, celulares e muitas outras.

Para piorar, ainda existe o problema da manipulação de imagens, que é muito presente nos dias de hoje. Até mesmo as pessoas que supostamente fazem parte desse padrão de perfeição, como as modelos e os astros de Hollywood que estrelam essas campanhas, têm suas imagens manipuladas para corrigir qualquer pequeno defeito.

De acordo com o crítico Jean Kilbourne, o meio publicitário precisa levar em consideração que milhões de meninas e mulheres se comparam com as imagens que encontram nas propagandas, e o fracasso de manter esse padrão é inevitável pelo fato desses anúncios se basearem numa perfeição que não existe.

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Relação entre a publicidade e o bullying virtual

Com o aumento da popularidade das redes sociais, o padrão de beleza imposto pelas propagandas tem se tornado ainda mais evidente. Favorecidos pela barreira física da internet, muitas pessoas se sentem no direito de criticar o corpo umas das outras através das mídias sociais, o que tem contribuído para um bullying virtual cruel, o qual serve como gatilho para o desenvolvimento de desordens alimentares e causam até mesmo o suicídio.

Portanto, para acabar de vez com o culto à perfeição patrocinado pela publicidade, a única alternativa é demonstrar que esse estilo de propaganda está ultrapassado. Para isso, os consumidores podem incentivar e apoiar as marcas que promovem a diversidade, adquirindo os produtos dessas empresas, e também utilizar as mídias sociais de forma favorável, para pressionar as outras marcas a fazerem o mesmo.






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