O filme “A Sociedade da Neve”, que se tornou um dos destaques da Netflix neste mês de janeiro, recebeu elogios pela sua sensibilidade e impacto. A trama, baseada em eventos reais ocorridos em outubro de 1972, retrata a história verídica do avião que, levando o time de rugby uruguaio ‘Old Christians Club’ do Uruguai ao Chile, colidiu com uma montanha na Cordilheira dos Andes, deixando os passageiros isolados, enfrentando condições extremas como o frio, a fome e o temor do resgate.
O diretor J.A. Bayona, ao adaptar o livro homônimo escrito por Pablo Vierci, ofereceu uma perspectiva realista do pesadelo vivido pelos sobreviventes, o que resultou na indicação ao Oscar na categoria de ‘melhor filme estrangeiro’. O desfecho do filme destaca o momento em que os sobreviventes Roberto Canessa e Nando Parrado decidem buscar ajuda, revelando um vislumbre de esperança após mais de 10 dias de caminhada.
Um ponto intrigante do filme é o encontro crucial com Sergio Catalán, um condutor de mulas chileno, que, ao se deparar com a dupla em um riacho, torna-se um elemento crucial na história. A ausência de detalhes sobre o destino de Sergio no filme levanta questionamentos sobre o que ocorreu com ele.
O relato da ocasião em que Sergio encontrou os sobreviventes enquanto trabalhava com o gado, inicialmente pensando que estavam apenas passeando, acrescenta um toque humano à narrativa. A barreira do riacho e a falta de papel e lápis complicaram a comunicação com os sobreviventes, mas Sergio, em um gesto solidário, conseguiu providenciar os meios para que eles pudessem explicar sua situação.
Ao tomar conhecimento do sofrimento dos rapazes, Sergio Catalán enfrentou novos desafios, incluindo uma jornada de 10 horas a cavalo para entregar a mensagem desesperadora às autoridades. Este ato corajoso resultou no início do resgate dos sobreviventes, marcado pelo envio de helicópteros em 22 de dezembro de 1972, superando as adversidades climáticas e resgatando os 16 rapazes em dois dias.
Sergio Catalán, o herói anônimo que desempenhou um papel crucial no resgate, faleceu em 11 de fevereiro de 2022, aos 91 anos. Seu falecimento foi lamentado por Carlos Páez, um dos sobreviventes, que o descreveu como um “pai” e enfatizou a importância do vínculo que construíram ao longo dos anos. O episódio marcou o encerramento de um capítulo na história dos sobreviventes, que sempre lembrarão do papel vital desempenhado por Sergio Catalán.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de AH.
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