Em um sociedade em que a solidariedade é muitas vezes confundida com moeda de troca ou plano de marketing, rico mesmo é aquele que se permite fazer o bem sem esperar reconhecimento ou retribuição.
Quantos de nós são capazes de estender a mão a alguém que precisa sem que alguém esteja vendo? Quantos de nós conseguem fazer a coisa certa sabendo que não vai capitalizar com isso? Quantos de nós conseguem deixar a vaidade de lado e ouvir apenas o que o coração pede?
Somos todos, em maior ou menor grau, reféns da vaidade. Queremos ser bem vistos e ter o nosso valor reconhecido na sociedade, e não há nisso nenhum mal. Torna-se um problema a vaidade exacerbada, que faz com que alguém aja apenas movido por ela. Para essas pessoas, fazem o bem longe dos olhos de todos pode parecer um imenso desperdício.
A solidariedade brota de uma vontade tão grande de mudar a realidade de alguém que faz com que a inércia não seja mais uma opção. A solidariedade é rebelar-se contra uma situação e arregaçar as mangas para fazer a diferença. Ser verdadeiramente solidário é, além de tudo, nadar contra a corrente.
Para ser solidário é preciso ter a força necessária para desviar da tentação do egoísmo. Se esta lhe faltar, busque-a dentro de você. Ela está lá, mesmo que precise ser provocada.
A pessoa verdadeiramente solidária é, sobretudo, alguém otimista. É aquele que jamais deixa de alimentar em seu coração a esperança de que o mundo tem conserto. Bem, se eles estão certos, não sabemos. O que é certeza é que todas as coisas boas deste mundo foram um dia pensadas e postas em prática por algém que acreditou que aquilo era possível.
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Crédito da imagem: Biswaranjan Rout / AP.