Nessa época, marcada pela tecnologia da conectividade, pela internet e pelas redes sociais, observamos como novos padrões de comportamentos estão alterando a forma como as pessoas passam a lidar com questões do seu próprio “eu” frente aos apelos da não-privacidade. Diante desta verdadeira nudez da vida privada, surgem inquietantes perguntas sobre os rumos que esse novo sujeito quer dar ao seu modo de estar no mundo.
Absorvido pelo sistema e por sua entorpecente velocidade, este novo sujeito está se moldando e se configurando a partir dessas novas práticas, que acabam confundindo e homogeneizando a demarcação psíquica que deveria existir entre os territórios do “eu” e do “não-eu”. Assim, estas novas práticas acabam por misturar os conteúdos das esferas pública e privada, revelando uma promiscuidade danosa na relação entre estes dois mundos.
Pensar no sujeito resultante deste processo continua sendo uma grande incógnita, pois estas práticas estão em constante mudança, patrocinadas pela velocidade cibernética. Todavia, cabe uma reflexão sobre as configurações de privacidade adotadas por esse sujeito. Anteriormente, seu olhar era “para dentro”, onde pontuava seus segredos e significações a respeito de si mesmo e do seu mundo, sendo isso um fator de compreensão e desenvolvimento deste indivíduo. Hoje, a partir das diversificadas ferramentas tecnológicas, esse olhar se volta “para fora”, expondo sua vida, nesse jeito narcisista, na busca de visibilidade e fama. Assim, esse novo sujeito se vê, num ambiente nebuloso, impedido em ter clareza, no seu psiquismo, em saber o que é seu e o que é do outro.
Desta maneira, parece que este novo sujeito vai se configurando com subjetividades pouco centradas na “vida privada”, voltando-se cada vez mais para o campo da visibilidade e do show cibernético, onde ele se vê como necessário e parte do espetáculo cotidiano.
(Psicólogo Pedro Leite)
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