Vem de Praia Grande, uma história de sucesso que tem inspirado muitas pessoas a perseguirem seus sonhos. Foi na cidade do litoral paulista que a adolescente Thayssa Caramez, então com 15 anos, aprendeu a cortar cabelos masculinos vendo tutoriais no Youtube e passou a oferecer o serviço em sua própria casa cobrando somente R$ 2,00. Hoje, dois anos depois, ela conseguiu abrir sua própria barbearia.
Thay, como é conhecida, agora é barbeira, manicure e pedicure, alongadora de unhas e designer de sobrancelhas, mas não se esquece do seu início.
“Comecei em casa. Minha mãe tinha um salãozinho construído na frente de casa e eu chamava meus parentes para ver se eles deixavam eu cortar”, disse a jovem ao site Só Notícia Boa.
Thay conta que, um ano depois de aprender o ofício vendo vídeos tutoriais, ela conseguiu entrar em um curso, mas faltava dinheiro para comprar os materiais.
“Compramos só o que precisava na hora e continuei com a mesma máquina. Então eu saí do salão da minha mãe e a gente montou uma mesa de plástico com um espelho e as coisinhas que eu tinha comprado”.
A adolescente revela ainda que “a maioria das coisas foi doação. As pessoas me doavam material como tesoura, capas, lâminas e um eles o Renato Luna, de Curitiba, me enviou uma máquina novinha com todos os pentes. Foi a primeira máquina que eu tive profissional. Graças a ele eu consegui melhorar a qualidade do meu corte”.
Para chamar atenção para o seu pequeno negócio doméstico, Thay fez o anúncio de uma promoção de corte de cabelo por apenas 2 reais.
“Era apenas o valor da lâmina. Postamos na página do salão que eu comecei a cortar por 2 reais, por que ainda estava aprendo e não tinha nenhum diploma ainda. O intuito era fazer com que as pessoas do bairro viessem”.
Quem também viu foi o pessoal da Ikesaki, uma empresa de cosméticos, que deu a primeira oportunidade a Thay.
“Eles me deram a chance de participar da Webwserie deles no YouTube chamada mãos que transformam”, disse a jovem barbeira.
E Thay se saiu tão bem no projeto que ganhou uma barbearia de verdade: “Eles me deram toda a construção da barbearia e a reforma no salão da minha mãe”, agradece.
Sobre ser mulher, barbeira e cortar cabelos masculinos, Thay disse que tira de letra o preconceito.
“Quando eu ouço algo como ‘mulher não sabe cortar cabelo de homem’, ou ‘não confio em mulher pra isso’, eu mostro meus trabalhos antigos e falo que entendo o lado dele, mas tem que dar uma chance para todos independentemente do gênero”.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Só Notícia Boa.
Fotos: Arquivo Pessoal.
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