Alexandre Borges, de 55 anos, pode ser visto atualmente na reprise da novela TI Ti Ti, na Rede Globo. Mas, por enquanto é só, porque o ator pausou sua carreira para cuidar de sua mãe, Dona Rosalinda, de 82 anos, que tem Alzheimer.
Em uma recente entrevista para a revista Veja, Alexandre Borges falou sobre os altos e baixos que tem vivido ao cuidar da mãe.
“Percebi que a cabeça da minha mãe estava começando a falhar no Natal de 2019. Sempre tão lúcida e ativa, ela apresentava os primeiros lapsos de memória, falava coisas desconexas e já não lembrava que havia almoçado. Pela experiência na família, conhecia de perto o doloroso processo de desligamento que vai ocorrendo naturalmente. Tentei não entrar em um espiral de desespero. Era preciso reunir forças para cuidar dela e tranquilizá-la. Decidi então parar tudo, mudar para Santos, onde nasci e ela vive até hoje, para ficarmos juntos”, relembra Alexandre Borges em depoimento dado à “Veja”.
Ao longo de quase dois anos, Alexandre se dedicou exclusivamente à rotina da casa, das compras do mercado à faxina. Ele relata que o trabalho ficou mais árduo quando em julho de 2020, sua mãe sofreu uma queda e quebrou a perna. Após ser submetifda a uma cirurgia delicada, passou dez dias hospitalizada e conseguiu ter alta. Mas ficaram sequelas.
“Achei que dessa vez a perderia, mas minha mãe é uma piauiense guerreira. O trabalho ficou mais árduo e formei uma equipe de profissionais para antedê-la em casa. Hoje, ela está numa cadeira de rodas e com a fala restrita, interagindo apenas com sua fisionomia, usando expressões faciais. Nada, porém, a impede de me mandar beijos e aceitar meus abraços cheios de afeto”.
Ver a mãe com uma doença incurável causa um misto de sentimentos a Alexandre, principalmente agora em que ele está retomando os trabalhos como ator, aliando aos cuidados na casa da família.
“É claro que não é fácil ver alguém que você ama com todas as forças adoecer desse jeito. Dizem que cuidar de idoso e criança dá trabalho semelhante, mas discordo. A criança a gente cria e prepara para o futuro, enquanto, no caso de uma velhinha, com uma doença sem cura, a tensão e o desgaste são permanentes. Estou aprendendo com minha mãe a aproveitar a cada instante em que vivemos do lado de quem realmente importa. Pus o pé no freio na carreira para cuidar dela e, passada a fase mais crítica, agora tento retornar a vida, dividindo o tempo entre Santos, Rio, para visitar meu filho, e alguns trabalhos em São Paulo. Tuddo isso me fortalece para estar com ela. Enquanto há vida, há esperança”.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Extra.
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