Um novo estudo realizado por pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, revelou que uma classe de antidepressivos amplamente prescritos para pacientes com demência e depressão pode acelerar a perda de memória e o declínio cognitivo. Além disso, esses medicamentos estão associados a um maior risco de fraturas e até mesmo à antecipação da morte em pacientes com demência. A pesquisa, publicada recentemente, analisou dados de 18.740 pacientes diagnosticados com demência entre 2007 e 2018, destacando preocupações sobre o uso de inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) nessa população.
Os ISRS, como a fluoxetina e a sertralina, são frequentemente recomendados como tratamento de primeira linha para depressão devido ao seu perfil de efeitos colaterais considerado mais seguro. No entanto, o estudo sueco identificou uma relação entre o uso desses medicamentos e a progressão para estágios mais graves de demência. Pacientes que receberam doses acima do padrão apresentaram um aumento de quase meio ponto por ano nas escalas de avaliação da demência, indicando uma piora acelerada da condição.
A neurobiologista Minjia Mo, líder da pesquisa, explica que, embora outros fatores possam influenciar os resultados, os dados sugerem que os ISRS podem agravar o declínio cognitivo em pacientes já vulneráveis. “É crucial que médicos e especialistas considerem esses riscos ao prescrever antidepressivos para idosos com demência”, afirma Mo. O estudo não encontrou a mesma associação com outra classe de antidepressivos, os inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), o que sugere diferenças nos mecanismos de ação desses medicamentos.
A demência, uma condição caracterizada pela perda severa de memória e função cognitiva, frequentemente vem acompanhada de sintomas psiquiátricos como depressão, ansiedade e insônia. O tratamento desses sintomas é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas os resultados do estudo destacam a necessidade de cautela na escolha dos medicamentos. “A personalização do tratamento é fundamental. Cada paciente tem necessidades diferentes, e os riscos e benefícios devem ser cuidadosamente avaliados”, ressalta Mo.
Os pesquisadores enfatizam que mais estudos são necessários para entender completamente os efeitos dos antidepressivos em pacientes com demência. Enquanto isso, especialistas recomendam que qualquer ajuste na medicação seja feito apenas sob orientação médica. “Interromper ou alterar medicamentos sem supervisão pode trazer riscos ainda maiores”, alerta Mo.
Este estudo serve como um alerta para a comunidade médica e para familiares de pacientes com demência, reforçando a importância de um acompanhamento rigoroso e personalizado no tratamento dessa condição complexa e debilitante. Enquanto a ciência busca respostas mais claras, o equilíbrio entre aliviar os sintomas psiquiátricos e evitar a aceleração do declínio cognitivo continua sendo um desafio crucial no cuidado com a demência.
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