Anvisa autoriza nova pesquisa do CAR-T e projeta inclusão no SUS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu o aval, na terça-feira (26/9), para uma nova fase de estudos sobre terapias CAR-T no Brasil. Essa abordagem revolucionária utiliza as próprias células do paciente no combate ao câncer.

A técnica CAR-T ganhou notoriedade em maio deste ano quando permitiu que Paulo Peregrino, um paciente em estágio avançado de câncer, entrasse em remissão em um incrível período de um mês.

A mais recente autorização da Anvisa abre as portas para que a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), em parceria com o Instituto Butantan, conduzam um amplo ensaio clínico sobre essa terapia celular. Esse é o mesmo grupo que atendeu o caso de Paulo Peregrino.

Os estudos estão atualmente na fase inicial de ensaios clínicos (fase 1/2), e o principal objetivo é avaliar a segurança e eficácia do tratamento em pacientes com leucemia linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B. Os voluntários para a pesquisa são indivíduos que já passaram por diversos tratamentos disponíveis, incluindo transplantes de medula, sem obter resultados satisfatórios.

A Anvisa também elaborou um plano de acompanhamento detalhado para monitorar os resultados deste estudo com a terapia CAR-T. Se os resultados forem positivos até dezembro de 2024, a intenção é disponibilizar essa técnica como uma opção segura, eficaz e de alta qualidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Anvisa expressou em comunicado à imprensa que “A ciência global está avançando rapidamente para melhorar a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. A experiência recente no Brasil e no mundo tem mostrado que quando os pesquisadores e a Anvisa trabalham juntos desde o começo, isso pode resultar em dados científicos melhores em termos de segurança, eficácia e qualidade. Isso, por sua vez, pode acelerar o acesso a novas tecnologias para as pessoas”.

Atualmente, no Brasil, somente pesquisas com CAR-T para cânceres relacionados ao sangue estão autorizadas. Entretanto, no restante do mundo, estão em andamento estudos visando aplicar essa técnica inovadora em outros tipos de tumores.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do Metrópoles.






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