Aquilo que ninguém sabe, ninguém estraga

É normal querermos que os outros saibam de nossas conquistas pessoais e daquelas das pessoas que amamos, uma vez que, da mesma forma que a tristeza, a alegria costuma ficar estampada em nossos semblantes. Existem momentos tão intensamente felizes na nossa vida que mal cabemos em nós de tanto contentamento e acabamos querendo contar e espalhar o quanto estamos felizes.

Entretanto, sempre estaremos rodeados pela inveja

e pela maldade de pessoas que não suportam ver alguém feliz, pois a felicidade lhes é tão estranha, que não são capazes de entendê-la, a ponto de fazerem de tudo para destruí-la. Não devemos temer a maldade alheia, no sentido de que ninguém é capaz de fazer conosco aquilo a que não estivermos vulneráveis. Cautela, porém, é preciso, a fim de que não tenhamos que enfrentar o pior dos outros em nossa jornada.

Por mais que estejamos seguros e certos quanto às nossas convicções, haverá pessoas que tentarão nos diminuir por meio de provocações constantes e de maledicências espalhadas ao nosso redor.Incapazes de torcer pelo sucesso de ninguém – nem de si mesmas -, não se permitirão conviver com as conquistas alheias sem que tentem trazer o outro ao nível da própria escuridão emocional, muitas vezes utilizando-se de meios antiéticos e covardes.

Muitas vezes, é inevitável disseminarmos pelas redes sociais o contentamento pelas nossas viagens, nossas conquistas amorosas e profissionais, pelo sucesso de nossos filhos, inclusive seria muito chato apenas postarmos lamúrias, indiretas venenosas e lamentações em nossos perfis – existem ótimos psicólogos para isso.

No entanto, é necessário saber que muitos verão tudo isso como ostentação inútil, excesso de vaidade, ego inflado, ou seja, estaremos sujeitos a comentários desagradáveis sobre nós, muitos deles pelas nossas costas.






"Escrever é como compartilhar olhares, tão vital quanto respirar".