O árbitro Anderson Daronco precisou irterromper abruptamente o jogo entre Vasco e São Paulo pela 16ª rodada do Brasileirão neste domingo (25). O motivo? Os gritos homofóbicos vindos das arquibancadas do estádio São Januário, no Rio de Janeiro.
O vasco venceu a partida por 2 a 0, o que provavelmente motivou uma parte mais reacionária da torcida a levantar palavras de ofensas e ódio à equipe paulista.
Uma semana antes do jogo, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou que atitudes homofóbicas em estádios podem fazer com que as equipes percam pontos válidos nas partidas, o que comprometeria a classificação geral do campeonato.
Todos os clubes receberam uma carta assinada pelo procurador-geral Felipe Bevilacqua, como um aviso.
Gritos homofóbicos são passíveis de punição
Homofobia é crime, e casos como esse podem ser enquadrados não só na Lei Antirracismo, mas também no código disciplinar desportivo, no artigo 234-G: “Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
Os gritos homofóbicos constrangeram os jogadores e o técnico do Vasco, Vanderlei Luxemburgo. Aos 19 minutos do segundo tempo, o árbitro Anderson Daronco foi até o banco de reservas conversar com o treinador vascaíno. Naquele momento, uma parte da torcida gritava “time de veado”.
Após conversar com o árbitro, Luxemburgo se virou para as arquibancadas e pediu para a torcida parar com as ofensas. O jogador Pikachu fez o mesmo, e o locutor do estádio São Januário alertou: “Não vamos gritar cantos homofóbicos para não prejudicar o Vasco”.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Folha de S. Paulo.
Fotos: Rafael Ribeiro/Vasco.
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