A pandemia do coronavírus tem desmascarado os líderes autoritários e os “salvadores da pátria” em diversos países. Mas surgiram lideranças solidárias, que estão fazendo muita diferença em todos os setores, especialmente, nas áreas da saúde e de pesquisas científicas.
No Brasil, mesmo após a ditadura militar, formou-se lideranças autoritárias para a administração da coisa pública, das empresas e das instituições religiosas, que se degenerou para uma autoridade irracional, mantendo como fonte o poder sobre as pessoas e cujas bases são o medo e a desigualdade entre as partes.
Hoje, esses líderes são responsáveis por decisões e ações que geram o desprezo pelos pobres, o desrespeito às minorias, o aumento do desemprego, a precarização dos serviços públicos, a destruição do meio ambiente, a propagação de doenças contagiosas, etc. Além disso, eles contam com apoio dos seus liderados, que em tempos de emergência sanitária ficam mais agressivos.
Entretanto, a crise tem mostrado o surgimento de lideranças, que por meio da solidariedade social e do esforço coletivo mobilizam recursos para vencer a covid-19 e para enfrentar as mazelas sociais, como a violência, a miséria, a falta de moradia, o desemprego e os desafios ambientais.
Aliás, esses líderes estão demonstrando o seu enorme potencial criativo e criador! Também eles e elas agem em defesa da vida, reprovam a falta de escrúpulos de alguns empresários e protestam contra a improbidade de autoridades, que colocam os recursos públicos à disposição dos mais fortes.
Assim, as igrejas, as escolas, os partidos, as empresas e os movimentos sociais precisam empenhar-se na formação de líderes com autoridade racional, que se alicerça na competência e na igualdade entre as partes, ou seja, na formação de líderes com espírito de compaixão e com preparo intelectual e moral, a fim de liderar nos momentos de calamidade pública e de normalidade.
É importante ressaltar, que as lideranças solidárias e as comunidades sabem dialogar na busca de soluções coletivas, respeitando as suas diferenças. Por outro lado, as lideranças autoritárias defendem tão-somente os seus interesses e ainda criam mal-estar para dividir a sociedade.
O grande desafio dos líderes solidários, pós-pandemia, é continuar pressionando o Estado a investir maciçamente em saúde pública, no sentido de se preparar para outros eventos similares à covid-19, e do mesmo modo exigir a criação da renda básica permanente para os mais pobres.
Apesar disso, não é apenas durante a pandemia que temos que ser solidários e ter uma vida protegida do vírus e de suas consequências na saúde, nos empregos e na economia das empresas, contudo, é uma luta constante por uma sociedade em que a natureza humana possa encontrar a sua realização.
Enfim, os líderes como Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Nelson Mandela, Dalai Lama e o Papa Francisco são exemplos de lideranças, que surgiram em tempos difíceis e têm inspirado homens e mulheres a mobilizar a sociedade para caminhar em direção de um mundo mais ecológico, justo e democrático.
Jackson César Buonocore é Sociólogo e Psicanalista
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