Antes de esclarecer sobre o assunto, gostaria de elucidar que não existe classificação ou nomenclatura para colapso nervoso, seja no CID-10 ou no DSM-V. Contudo, o esgotamento mental e físico podem eliciar um ataque de nervos. O colapso nervoso é um termo utilizado popularmente para designar condições de extremo estresse e cansaço físico ou mental, sendo comumente confundidos com alguns transtornos mentais, tais como os Transtornos de Ansiedade, os Transtornos Depressivos e a Síndrome de Burnout. Já as explosões de raiva podem ser indicativas de transtornos mentais como o Transtorno Explosivo Intermitente, que provocam ataques de ira, entre outras condições médicas.
Como identificar se você está esgotado mental ou fisicamente? Quais os sintomas e sinais?
Reconheça os 26 sinais de alerta.
Poderíamos elencar a sintomatologia do esgotamento mental em sintomas ansiosos e depressivos, podendo coexistir os dois quadros simultaneamente, visto que estados depressivos não excluem os estados ansiosos.
Sintomas Ansiosos:
Taquicardia (batedeira no peito);
Inquietação;
Falta de ar (respiração curta e acelerada);
Irritabilidade;
Suores frios;
Insônia e alterações no ciclo circadiano, acarretando dificuldades em conciliar e/ou manter o sono;
Pressão alta;
Nervosismo;
Tremores;
Problemas gastrointestinais;
Enjoos;
Impaciência;
Angústia;
Pensamentos acelerados, explodindo com facilidade em circunstâncias que poderiam ser resolvidas facilmente;
catastrofizar pequenos problemas;
Dores musculares resultantes de tensão muscular persistente que podem ocasionar cefaleia tensional por conta de preocupações constantes;
Sintomas Depressivos:
Desmotivação e falta de disposição, o que ocasiona queda no rendimento do trabalho ou estudo;
Dores de cabeça;
Dores no couro cabeludo (sendo inclusive sensível ao toque);
Pensamentos negativos recorrentes;
Sentimentos de culpa e inutilidade que minam a autoestima;
Vazio existencial (questionamentos constantes do porque da vida);
Hipersensibilidade (choro fácil e constante);
Descuido com a higiene e imagem pessoal;
Isolamento ou evitação social;
Diminuição da libido;
Além dos sintomas acima descritos e também como consequência destes, podemos elencar alopecia (queda de cabelo), bem como problemas de memória e concentração.
Como tratar o esgotamento nervoso?
Por conta da constante tensão emocional e/ou física, o organismo aumenta a concentração no sangue dos hormônios do estresse tais como o cortisol, a adrenalina, a noradrenalina e o glucagon e que em excesso participam no processo da baixa do sistema imunológico tornando o organismo vulnerável e sendo fator de risco para o desenvolvimento de diversas patologias como Diabetes, disfunção erétil, cardiopatias, doenças autoimunes, dentre outras. Por este motivo, o esgotamento nervoso está diretamente relacionado ao estresse constante, o que leva à exaustão dos recursos fisiológicos e psíquicos da pessoa.
O tratamento é realizado de acordo com a etiologia ou possíveis causas que ocasionaram o esgotamento nervoso. Deste modo, para encontrar os agentes deflagradores torna-se necessária uma avaliação médica para investigar possíveis situações clinicas, tais como uma anemia, problemas na tireoide, bem como uma avaliação com um psicoterapeuta para verificar como a pessoa lida com o estresse e os desafios da vida, bem como se apresenta transtornos de ansiedade ou depressivos. Igualmente importante é a observação dos hábitos cotidianos e nocivos do paciente, tais como tabagismo, má alimentação, sedentarismo, consumo abusivo de álcool e descontentamento com as atividades do dia-a-dia, como por exemplo um trabalho que não gosta de desenvolver (este pode ocasionar a Síndrome de Burnout).
Como prevenir? Tratamentos coadjuvantes
Após identificados os fatores que ocasionaram o esgotamento nervoso e mental e sendo feitos os devidos tratamentos, deixo algumas dicas que são excelentes coadjuvantes na terapêutica da exaustão mental e/ou física. As práticas elencadas abaixo também são excelentes meios de prevenção contra o esgotamento nervos
Exercícios físicos (pode ser uma simples caminhada de 15 minutos 3 vezes por semana);
Contato com a natureza;
Alimentação saudável e equilibrada;
Meditação;
Respiração abdominal: A respiração feita pelo abdômen, também conhecida como a verdadeira respiração, respiração profunda ou do bebê é um verdadeiro calmante, um ansiolítico natural;
Musicoterapia;
Yoga;
Psicoterapia;
Nota importante: Este artigo tem função informativa e psicoeducativa, não substituindo o diagnóstico profissional. Caso se identifique com os sintomas elucidados, procure ajuda médica e psicoterapêutica.
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