Em 2011, a Organização Mundial da Saúde fez uma declaração de extrema importância para milhões de pessoas ao redor do mundo e no brasil: a inserção social das pessoas que possuem deficiências de tipo mental são as que mais apresentam dificuldades, sendo o autismo uma das deficiências.
No Brasil, apenas em 2012 com a lei nº 12.764, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) passou a ser considerado uma deficiência e, apesar de tardia, a mudança foi de grande importância para garantir direitos e auxiliar na inclusão social, assim como ocorre com os outros tipos de deficiências, as físicas por exemplo.
A inclusão social do autista é imprescindível em todas as fases da vida, pois somente com a inclusão é possível o desenvolvimento de suas potencialidades e autonomia. As duas fases que mais precisam desta inserção, possuem uma ligação direta: escolar e profissional. Logo após a fase escolar, onde discuto com mais detalhe no artigo “Inclusão dos Autistas nas escolas”, o autista se depara com um mercado de trabalho extremamente competitivo.
Apesar da legislação e da existência de políticas públicas que garantem a inclusão do autista no mercado de trabalho, é nítido que não ocorre uma inserção como deveria ocorrer de fato. Infelizmente, a dificuldade do autista em ingressar no mercado de trabalho mostra uma realidade que acaba sendo excludente. Por isso, é importante ajudar não só através de leis, mas também estimular suas capacidades e desenvolver suas habilidades existentes que não são exercitadas.
A fase escolar apresenta grandes dificuldades de aprendizagem para o autista, sendo necessária a reestruturação do plano pedagógico para conseguir sua inclusão no ensino regular. Como um reflexo dessa fase, quando a formação do não se desenvolve de maneira adequada, sem desenvolver suas capacidades, autonomia e interação social, a inserção no mercado de trabalho fica comprometida, pois eles precisam atender as exigências determinadas pelas empresas que estão cada vez mais criteriosas.
Mesmo com todas as dificuldades, a legislação tornou possível pesquisadores identificarem melhor o comportamento da pessoa autista dentro das organizações de trabalho, possibilitando novos estudos referentes à sua dinâmica social e assim encontrar novas formas de melhorar a qualidade de vida.
As pessoas com TEA que conseguiram ingressar no mercado de trabalho fazem parte de uma minoria que conseguiu vencer o preconceito existente. Em comparação com outros tipos de deficiência os autistas são os que apresentam mais dificuldades na inclusão no mercado de trabalho.
Os autistas possuem a inteligência preservada e facilidades para algumas funções que não são mecanizadas. São capazes de realizar feitos impressionantes! Temos exemplos de pessoas famosas e conhecidas mundialmente pelas suas contribuições para o mundo, que apresenta algum tipo de autismo. É o caso de Lionel Messi (o melhor jogador de futebol do mundo), os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, e também Bill Gates (um dos homens mais ricos do mundo e fundador da Microsoft). Estes exemplos provam que autista é capaz de contribuir muito no mercado de trabalho, apresentar excelentes desempenhos em diferentes áreas, podendo até se tornar um grande gênio.
Imagem de capa: Shutterstock/ThomasDeco
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