No final de dezembro de 2020, a empresa francesa Carmat obteve a marcação CE (Conformidade Europeia) para seu dispositivo, o que significa que eles podem comercializar seu coração artificial na União Europeia. Isso representa um grande salto na possibilidade de oferecer um dispositivo artificial para a realização de um transplante cardíaco para pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca irreversível e que se encontram em fase terminal.
Tudo começou em 1993 quando o cirurgião e inventor das válvulas cardíacas Alain Carpentier propôs ao industrial francês Jean-Luc Lagardere o desenvolvimento de um coração artificial e após a aprovação e ampliação do projeto conseguiram fabricá-las com sucesso após algum tempo.
Por fim, a Carmat obteve a marca CE após 10 anos e em entrevista à BFM Business, o CEO da empresa Stephane Piat comentou que esta conquista “É um recorde, dada a complexidade de um dispositivo deste tipo. Agora temos que trabalhar com médicos e centros de saúde para oferecer nossa terapia e temos que encontrar pacientes. A fase de produção será delicada”.
Além disso, Stephane Piat mencionou que desde janeiro de 2021 a Carmat planeja aumentar a fabricação do aparelho, o que tem sido visto com grande expectativa pelos especialistas.
Por exemplo, o analista da Portzamparc Mohamed Kaabouni explicou que “o coração artificial da Carmat tem potencial para sucesso de bilheteria e pode ganhar € 700 milhões em vendas anuais na Europa até 2030.”
Além disso, o analista especificou a importância desse dispositivo: “Todo mundo estava esperando por ele e agora está aqui. A marca CE é crucial para os pacientes e a empresa francesa provavelmente obteve a aprovação para um blockbuster, dada a grande necessidade médica e como as outras soluções são raras e ineficazes”.
Desta forma, os corações artificiais da Carmat estão gerando muitas esperanças na área médica e no desenvolvimento de tecnologia como uma excelente alternativa potencial a oferecer aos pacientes com insuficiência cardíaca irreversível.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Nation.
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