A pequena Maria, de 5 anos, tem uma paixão em sua vida: o balé. Mesmo que ela não tenha a real dimensão ainda, a dança tem sido uma fundamental contribuição para que ela supere algumas das suas dificuldades.
Maroa teve um AVC intrauterino e aos dois meses de vida foi diagnosticada com paralisia cerebral. Ela é filha dos bancários Renato e Carmem Mayrink – que interrompeu a carreira para cuidar da filha.
Natural de Contagem, Minas Gerais, a menina se realiza com a roupinha de bailarina, as sapatilhas e os cabelos cuidadosamente arrumados para as aulas. Quem a vê tão feliz, não imagina as dificuldades que ela já enfrentou.
“Ela tem o lado direito comprometido, e faz acompanhamento com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, ortopedista e neurologista, e há 2 anos é acompanhada pelo Hospital Sarah Kubitscheck, referência em reabilitação. Maria evoluiu muito com a ajuda destes profissionais! Ela usa uma órtese na perna direita, para acertar a marcha, e evitar que o pé fique tão para dentro, mas sabemos que sempre ficará a sequela”, contou a mãe, Carmem, em entrevista ao site Só Notícia Boa.
O balé tem ajudado muito. Antes dele, Maria não conseguia se levantar e caía com frequência. “A cada tombo (o equilíbrio não é perfeito – mas já melhorou muito), tínhamos que levantá-la. Ou a cada atividade sentada, tínhamos que colocá-la de pé”. Lembra Carmem.
Hoje, Maria faz tudo isso sozinha e já incluiu outras práticas na sua rotina. Ela faz natação, ballet e judô.”, contou a mãe.
E a pequena tem ainda o sonho de ser modelo. A mãe conta que no começou teve receio:
“Me falava que queria ser modelo, mas eu relutava e tentava mudar o foco da conversa. Até que um dia de madrugada, eu perdi o sono e comecei a pensar nisso… e cheguei a seguinte conclusão: Maria come, Maria veste, Maria calça, Maria usa qualquer acessório como qualquer outra pessoa. Por que ela não poderia de fato ser modelo? Foi aí que buscamos por essa oportunidade!”
Já agenciada, a menina aguarda para fazer o primeiro trabalho como modelo. A mãe, que abandonou a carreira para se dedicar à filha, não se arrepende.
“Quando eu olho o seu desenvolvimento de lá pra cá, eu me sinto com a sensação de dever cumprido e, ao mesmo tempo, ciente de que temos um longo caminho a percorrer. A paralisia cerebral não tem cura, mas com acompanhamento e dedicação, o progresso é grande”, afirmou.
“Eu quero que ela seja inspiração para outras famílias. Eu quero mais é que ela seja vista, seja notada, quebre tabus e mande embora o preconceito. A inclusão social deve ser falada em todos os meios de comunicações, deve ter sua devida atenção, respeito e oportunidade. Ter deficiência não é ser inferior. O normal é ser diferente”, concluiu a mãe.
Assista:
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Só Notícia Boa.
Fotos: Reprodução/Redes Sociais.