Na última segunda-feira, 15, a ginasta Rebeca Andrade, que foi medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 2020, participou como convidada do programa “Mulheres Positivas“, da rádio Jovem Pan. A atleta de 22 anos falou, entre outros assuntos, sobre sua paixão pela ginástica artística.
“Desde que eu precisei sair de casa com 10 anos e que eu vi que a ginástica realmente seria a minha profissão, seria algo que eu levaria para a minha vida, eu comecei a sonhar em estar na Olimpíada, em estar em mundiais também, e foi aí que eu me encontrei”, afirmou em entrevista à apresentadora Fabi Saad.
Rebeca, que tem uma rotina bastante atribulada, contou que ainda não tirou férias após as Olimpíadas, pois precisou focar no Mundial de Ginástica. “Essa parte de descanso eu vou ter agora. Os treinamentos continuaram intensos, mas um pouco menos do que foram nas Olimpíadas”, analisou, às vésperas das férias.
A ginasta tem um acompanhamento psicológico desde os 13 anos e lembra que o papel da psicóloga foi essencial para manter a saúde mental em dia, principalmente sendo uma atleta de alto rendimento. “É muito difícil, porque além dos problemas que a gente tem fora do ginásio, a gente também tem os nossos problemas dentro do ginásio. Acho que a visão que as pessoas têm de fora é de que na nossa vida é tudo perfeito, porque para as pessoas que praticam esportes de alto rendimento é tudo sempre muito regrado, você tem hora para dormir, para acordar, para comer, você faz tudo muito certinho. E é uma coisa sua, você com você mesmo, porque ninguém vai poder fazer por você”, afirmou.
Rebeca destacou ainda que o cuidado psicológico foi determinante para sua vitória olímpica. “O fato de eu ter conseguido passar bem nos jogos, tenho certeza que foi disso, porque minha cabeça estava muito boa e eu sabia que o meu corpo também estava bem preparado, porque não é fácil lidar com as expectativas que as pessoas depositam em você”, disse.
A atleta também revelou que pensou em desistir da carreira em todas as três vezes que lesionou o mesmo joelho. “Acredito muito que tudo acontece por uma razão. Tinha que acontecer, não tem jeito, eu posso estar o mais preparada possível, que se tiver que ser, vai ser”, disse.
Segundo Rebeca, o apoio da mãe foi responsável por fazer com que ela nunca tenha desistido. “Ela sabia que a sensação que eu teria dentro de mim se eu tivesse parado porque eu machuquei, eu lesionei, ou alguma coisa do tipo, seria uma sensação de fracasso, uma coisa que eu não queria levar para a minha vida, e a minha mãe me conhece melhor do que ninguém, então ela sabia que eu ia pensar assim”, recordou. De acordo com a atçeta, todas as vezes que voltou de lesões trabalhou ainda melhor.
Rebeca, que começou a treinar aos quatro anos, hoje inspira meninas e meninos em todo o país. “É muito incrível, porque eu tenho a sensação de quando eu era pequena e o que a Day [a ex-ginasta olímpica Dayane dos Santos] representava e representa para mim dentro da ginástica. Então é muito bom, eu fico muito feliz quando encontro alguém na rua, vejo uma mensagem no Instagram ou quando os pais mandam vídeos das crianças dizendo que elas querem ser como eu. Acho muito incrível, porque é importante você ter alguém para se espelhar e se inspirar para ter os próprios sonhos e objetivos”, afirmou. Para ela, um livro indicado a mulheres positivas é “Nunca Deixe de Tentar”, de Michael Jordan; um filme é “O Milagre da Fé” e além da própria mãe e de Daiane, uma mulher inspiradora para ela é a cantora Beyoncé.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Jovem Pan.
Foto destacada: Reprodução/Twitter/@timebrasil.
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