Carolina Ferraz, de 55 anos, usou suas redes sociais nesta quarta-feira (28) para manifestar sua irritação com a ‘positividade tóxica’ que tem observado nas redes sociais. Segundo a atriz, o hábito de suprimir sentimentos negativos pode reprimir as emoções e causar danos à saúde mental das pessoas.
“Bom, gente, hoje aconteceu o seguinte. Eu abri o Instagram e a primeira coisa que me apareceu foi uma pessoa dizendo assim: ‘oi, bom dia! E aí, o que você já fez hoje para se tornar um ser humano melhor?’ Eu cancelei a pessoa. Falei: ‘quê que é isso?’ A gente acorda e já se depara com essa pregação de ter que ser um ser humano melhor”, começou ela em um vídeo postado em seu Instagram.
“Eu sou comprometida comigo mesma, quero melhorar, quer ser um ser humano melhor. Mas esse povo que fica fazendo ‘coaching’ da alegria é muito irritante, essa positividade tóxica é muito chata, sabe? Eu tenho uma amiga e a mãe faleceu. Deixa a pessoa sofrer, gente! Deixa ela ficar de luto, ela vai se recuperar, é evidente. Mas, para se recuperar, você precisa viver aquela dor. Não tem que ficar o tempo todo: ‘você vai ficar ótima, daqui a pouco passa’. Eu sei que daqui a pouco passa, mas agora ela está mal, vai viver a dor dela…”, continuou a apresentadora.
“Não dá para você acordar todo dia e dizer: ‘poxa, hoje o que é que eu já fiz para ser a pessoa que eu quero ser amanhã?’ Por que isso? Tem dia que eu acordo e o máximo que eu consigo é acordar, trabalhar, responder meus e-mails. O máximo que eu consigo naquele dia é fazer coisas do dia a dia”.
“Mas essa obrigação [da positividade tóxica] é chatérrima… Parei de seguir a pessoa imediatamente. É muito chato. É claro que quero que você seja feliz, quero que todo mundo se torne uma pessoa melhor. Eu também. O quê que você já fez hoje para ser um ser humano melhor? Nada, minha filha, te cancelei! Comecei a me tornar alguém melhor me libertando dessa obrigação. Não te sigo mais. Não sei se vocês sentem a mesma coisa, mas eu não tenho paciência, não.”, finalizou Carolina.
Na legenda do post, a apresntadora do Domingo Espetacular falou mais sobre o assunto. “Quando a ‘positividade tóxica’ incomoda. Num mundo de imagens, onde todos estão ‘lindos e felizes’ o tempo todo, onde existem coachs para tudo (nada contra coachs, tá gente!), as pessoas não se permitem mais estarem tristes ou simplesmente normais. Fica muito difícil termos empatia por pessoas ou até por nós mesmos, quando não estamos 100%”, escreveu.
“E vamos combinar? A vida é isso uma sequência de estados emocionais e todos são importantes para nossa construção pessoal. Não dá para pular etapa e viver fazendo de conta que está tudo bem o tempo todo. Essa construção dessa ‘positividade’ tira o que há de humano em nós, nos transforma em máquinas artificiais de um estado que não existe e olha que sou super positiva! Sejamos humanos e mais capazes de simplesmente vivermos um dia seguido de outro e tudo bem! Seguimos”, afirmou.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações da Revista Quem.
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