Um estudo divulgado nesta quarta-feira (14/2), na revista científica BMJ, revela que até mesmo exercícios físicos de intensidade moderada trazem benefícios significativos no tratamento e alívio dos sintomas da depressão.
Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, concluíram que atividades como dança, caminhada, corrida, yoga e treinamento de força são particularmente eficazes para combater a depressão. Além disso, quanto mais vigorosa for a prática, maiores serão os benefícios para a saúde mental.
A análise envolveu a revisão de 218 estudos prévios, que compararam os efeitos do exercício físico no tratamento da depressão, combinados com outras abordagens terapêuticas estabelecidas, como antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental. No total, mais de 14.000 voluntários com depressão foram incluídos nos estudos analisados.
Os pesquisadores categorizaram os dados por tipos de exercícios, intensidade e frequência, considerando também variáveis como sexo, idade, gravidade inicial da depressão e condições pré-existentes.
Entre os exercícios mais eficazes para reduzir os sintomas da depressão destacaram-se a dança, caminhada, corrida, yoga, treinamento de força e tai chi.
Quanto às diferenças entre sexo e idade, observou-se que tanto homens quanto mulheres se beneficiam da prática de caminhada ou corrida, enquanto o treinamento de força mostrou-se mais eficaz para as mulheres e a yoga para os homens. Em termos de faixa etária, a yoga foi mais benéfica para os mais velhos, enquanto os mais jovens se beneficiaram mais do treinamento de força.
Os pesquisadores ressaltam a necessidade de mais estudos de alta qualidade para confirmar esses resultados, uma vez que poucos ensaios monitoram os participantes por um ano ou mais. No entanto, eles recomendam que os profissionais de saúde considerem a inclusão de atividades físicas como parte das diretrizes clínicas para o tratamento da depressão, especialmente exercícios de intensidade vigorosa.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do Metrópoles.
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