Comerciante vende cocadas para comprar máquinas para fazer perucas para pacientes com câncer

O comerciante Elenilson José da Silva, de Pernambuco, vêm oferecendo um bonito exemplo de solidariedade e compromisso com um causa. Ele começou a vender cocadas para ajudar a comprar máquinas de costura usadas para confeccionar perucas para as mulheres em tratamento.

A sua vontade de ajudar essa causa surgiu por conta de um episódio difícil na vida do comerciante. Há três anos, de Elenilson foi diagnosticada com câncer de mama. Cinco meses depois de receber alta de um tratamento no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), a companheira dele, Marta Silva, faleceu. A maneira que Elenilson encontrou de seguir a vida foi ajudando a instituição.

“Eu queria que todos aqueles que já passaram por ali falassem mais sobre o hospital, porque é muito carente e é onde você vê muita gente sofrer”, conta o comerciante.

Ao descobrir que o hospital precisava de pelo menos duas máquinas de costura profissionais para confeccionar perucas, Elenilson decidiu vender cocadas para ajudar a levantar a autoestima das pacientes. “Quando eu era criança eu fazia cocada e tapioca. Hoje eu dedico a minha vida a fazer o bem”, conta.

Depois de estipular a meta de R$ 3 mil, Elenilson arrecadou metade do dinheiro após um mês e meio de trabalho. Com ajuda de amigos e familiares, ele seguiu vendendo os doces em um posto de gasolina no Ibura, na Zona Sul do Recife.

“Ele merece ser ajudado. Ele é fora de série, não tenho nem palavras para dizer. Ele é um guerreiro de Deus”, diz a irmã do comerciante, Vânia Maria da Silva, uma das voluntárias durante a venda das cocadas.

Antes de saberem da história, os clientes elogiam o sabor do doce. Depois de conhecerem a causa, a cocada parece ficar ainda mais saborosa. “Foi sensacional, por saber que a gente está ajudando. Show de bola, ganhei meu dia”, afirma o técnico em comunicação Marco Vinícius.

Filho de Elenilson e Marta, Leandro da Silva também ajuda a vender as cocadas e afirma sentir orgulho do gesto solidário do pai. “Eu acho uma coisa excepcional da parte dele. Sério mesmo. Eu chego a até querer me emocionar, às vezes”, diz.

Entrega

Na quarta-feira da semana passada, 26, com a caminhonete enfeitada de balões, Elenilson chegou ao HCP com rosas, um bolo e as duas máquinas de costura industriais, compradas com o dinheiro da venda das cocadas. Recebido com abraços e aplausos, o comerciante não conseguiu segurar a emoção.

“Vocês que têm um pouco, tirem um pouco de vocês para ajudar. Sempre que vocês fazem isso, Deus vai dar em dobro”, afirma.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de G1.
Foto destacada: Reprodução/G1.






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