Por Carolina Tarrío
Provavelmente, você já ouviu o samba Volta por Cima, de Paulo Vanzolini. Ao menos o refrão que muitos costumam cantarolar: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Pois o compositor ficava bravo ao ver que as pessoas decoravam apenas essa parte. Em entrevista, quando ainda vivia, chegou a dizer:“Ninguém entendeu o meu samba. A frase mais importante vem antes: “Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.”
Não é que o biólogo e sambista estava certo? Pesquisas científicas indicam que, para aprender com um erro ou fracasso e evitar que ele se repita, o primeiro passo é mesmo esse: assumir a sua responsabilidade no episódio e pensar no que poderia ter sido mudado para alterar o resultado.
Pena que isso não é bem isso o que costumamos fazer… Qual pai, por exemplo, diz ao seu filho depois de perder um jogo de futebol importante: “Você errou muitos passes, meu amor, não mereceu mesmo ganhar, tem de treinar mais”? Soa até cruel, né? É bem mais comum a criança ouvir frases como: “Tudo bem, o importante é competir”, ou “Aquele juiz apitou mal demais o jogo”, ou ainda“Você é ótimo, não se preocupe, vai ganhar na próxima”.
Isso porque, durante várias décadas, acreditou-se que era importante manter a autoestima das crianças em alta e elogiar sempre sua performance para encorajá-las. Mas esses conceitos começam a ser questionados. A psicóloga americana Carol Dweck, da Universidade de Standford, fez vários estudos para entender como o ser humano lida com o fracasso. Alguns deles resultaram no livroMindset, the New Psychology of Success (Modelos Mentais: a Nova Psicologia do Sucesso, ainda sem tradução no Brasil). Ela estava interessada em saber por que algumas pessoas reagem bem às derrotas. “Tem gente que perde o emprego ou termina um relacionamento e consegue aprender algo com a experiência. Outras sentem que são destruídas e passam a se sentir incompetentes.”
Em seus estudos, Carol entendeu que as pessoas se percebem de formas diferentes, e que o modo como elas são educadas, incentivadas e treinadas pode reforçar uma maneira ou outra de se perceber. Segundo ela, pessoas dementalidade mais fixa, que acreditam ter nascido ou não com determinada capacidade, quando falham, acham que não são inteligentes. Já as que acreditam que podem se desenvolver e melhorar, quando falham, obviamente não ficam felizes, mas entendem que podem aprender com os erros e fazer diferente na próxima vez.
A boa notícia é que é possível mudar de modelo mental.
“É difícil, na sociedade competitiva em que vivemos, abrir lugar para o erro, o fracasso. Mas o erro tem de ser visto como uma informação. Ele é o aviso de que, daquela forma, o resultado não é alcançado, que é preciso empenhar-se mais, treinar mais ou mudar de estratégia”, diz Magdalena Ramos, terapeuta especializada em casal e família e autora do livro E Agora, o que Fazer? A Difícil Arte de Educar os Filhos.
Segundo ela, colocar ênfase demais no acerto, na performance, pode levar as crianças a se retraírem, a terem medo de tentar para não errar. “O erro faz parte do processo de aprendizado, não é um fracasso em si mesmo. Cientistas, por exemplo, tentam e falham constantemente, testam hipóteses, esse é o caminho do conhecimento”, diz.
Veja, a seguir, algumas dicas para ajudar seu filho a desenvolver a persistência e a confiança necessárias para trilhar esse caminho.
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Todo mundo tende a se sentir mais confortável em fazer o que sabe. Mas pode ser muito bom experimentar algo novo. Que tal você e seu filho aprenderem algo juntos? Tentarem algo que não faz sempre parte das atividades da família? Claro que é sempre importante medir o grau e a expectativa ali colocados. “Não se trata de desistir quando aparece a primeira preguiça, mas é preciso conhecer a criança e avaliar o tamanho do desafio, para não impor algo insuperável”, diz Renata. “Outro ponto importante é dar tempo à criança. Ela vai cair algumas vezes antes de aprender a andar de bicicleta. Os pais têm de respeitar esse período que ela precisa para fazer as suas descobertas.”
Fonte: Educar para Crescer
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