Primeiro, precisamos pensar que a ansiedade não é algo palpável, visível, que pode ser tirada com as mãos ou através de um procedimento cirúrgico. A ansiedade é um estado emocional, uma condição psicológica que todos estamos sujeitos a sentir em algum momento da vida.
É comum a ansiedade nos invadir diante da expectativa de algo que ainda não chegou, diante da possibilidade de ser avaliado(a), diante de uma mudança, de algo desconhecido, de um acontecimento abrupto, de uma perda, entre outros.
Provavelmente você já se sentiu ansioso(a), mesmo ainda sem saber nomear, quando ainda era um bebê e esperava pela presença de sua mãe ou cuidador; você já deve ter se sentido ansioso(a) na infância quando tinha uma viagem programada para fazer com a turma da escola; você já deve ter se sentido ansioso(a) para ver aquela pessoa especial, antes de uma entrevista de emprego, no dia do exame prático para tirar sua CNH, no dia do seu casamento, enquanto esperava uma noticia ou o resultado de determinado exame, entre tantas outras situações que você vive ou que já viveu.
A ansiedade passa a ser um problema quando sua frequência e intensidade aumentam, ou seja, quando você se sente ansioso repetidas vezes seguidas, na maior parte do seu tempo e quando seu nível de ansiedade prejudica algo em sua rotina.
A ansiedade pode se manifestar através de sinais e sintomas: sono desregulado, taquicardia, suor excessivo, problemas digestivos, formigamento, inquietude, pensamentos catastróficos, preocupações excessivas com o futuro, sofrimento antecipado. Em proporções crônicas, pode-se desenvolver um transtorno de ansiedade generalizada, uma fobia ou até mesmo um transtorno do pânico.
Em tempos de coronavírus, as nossas dúvidas, medos, frustrações e incertezas diante do futuro aumentam, fazendo a ansiedade aparecer.
Já sabemos que não podemos arrancar a ansiedade com nossas próprias mãos, mas podemos enfrentá-la, aprender a dominá-la, lidar com ela.
Para isto, o primeiro passo é reconhecer que estamos ansiosos, e buscar o retorno ao momento presente: nos desconectar dos estímulos tecnológicos à nossa volta, exercitar a respiração profunda, fazer um diálogo interno, dizendo para nós mesmos que tudo ficará bem ao tomar consciência do que é real e do que é imaginário, isto é, diferenciar o que está acontecendo de verdade do que só está acontecendo na nossa mente. Também podemos direcionar a nossa atenção para algo que nos dá prazer, nos faz sorrir e nos acalma, seja meditar, ouvir música, dançar, se exercitar, conversar com uma boa companhia ou brincar com nosso animal de estimação, por exemplo.
Além de tudo isso, buscar ajuda profissional pode nos ajudar a questionar-nos sobre os gatilhos que contribuíram para nossa ansiedade e compreender melhor como a nossa mente funciona. Conheça-te!
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