Ninguém é perfeito, mas têm pessoas que se aproveitam desse axioma e se tornam dificílimas de lidar. São ignorantes ou marrentas, que podem tirar qualquer um do sério no âmbito das relações do trabalho, da família, da política, da religião ou em outras situações. Aprender a lidar com elas é um desafio ao nosso equilíbrio emocional.
O conceito de marrento é análogo ao de ignorante, podemos usar para indicar pessoas que gostam de gabar-se de suas habilidades, que são cheias de turras, que se acham posudas, astutas e influentes. Mas os ignorantes, na maioria das vezes, apresentam um temperamento difícil, conhecidos como “cabeças-duras. ”
Existem vários exemplos, que estão em todas as partes, nos motoristas irresponsáveis que não respeitam os demais condutores ou pedestres e nas famílias em que maridos são grosseiros com suas esposas e filhos. É no dia a dia onde assistimos os ignorantes manifestarem desrespeito pela religião, ideologia, raça e orientação sexual dos outros.
Os indivíduos ignorantes não obrigatoriamente desconhecem tudo, mas alguns assuntos em especial. Diante do seu obscurantismo, posicionam-se de modo agressivo em relação aos outros. Eles estão em prontidão para desferir comentários estúpidos, pois raramente pensam antes de falar, melindrando os que estão em sua volta. Nas redes sociais são raivosos ou brigões virtuais.
O jeito de lidar com os ignorantes se torna mais fácil quando tange a indivíduos conhecidos, porém é difícil quando se trata de lidar com seres humanos desconhecidos, que são ignorantes. No fundo, essas pessoas sentem-se superiores e por isso, elas têm dificuldades de relacionarem-se de forma educada.
A maneira de não se estressar, é em nenhum momento levar a sério os indivíduos ignorantes, porque existem circunstâncias onde não há argumentos possíveis, uma vez que os ignorantes não fazem questão de ouvi-los. O melhor caminho é acalmar as nossas emoções e convidá-los a um bate-papo reservado, em razão de que muitos deles não têm consciência de que são ignorantes.
Não devemos levar para o lado pessoal quando indivíduos com esse perfil se comportam de modo grosseiro conosco, pois eles são assim com todos. Devemos mostrar que somos educados, que nossos gestos são amigáveis, e podem neutralizar a tensão deles, que estão sempre em negação ou na defensiva. As experiências com criaturas ignorantes é um bom exercício ao nosso equilíbrio emocional, com o objetivo de não permitir que as emoções negativas prejudiquem em nosso discernimento. Isto pode nos ajudar a fazer um esforço para conhecê-los melhor, antes de enfrentá-los inultimente.
Talvez as pessoas sejam ignorantes porque tiveram uma infância difícil, ou porque simplesmente encontram-se inseguras diante do mundo. Não vale apena prejudicar a nossa saúde mental, tentando transformar aquilo não se pode mudar. Portanto, tem absoluta razão o filósofo Johann Wolfgang Von Goethe.
Imagem de capa: Shutterstock/igor kisselev
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