Segundo os manuais de psiquiatria o autismo é definido como um transtorno com alterações presentes já antes dos 3 anos de idade e que se caracteriza por alterações qualitativas na COMUNICAÇÃO, na INTERAÇÃO SOCIAL e no uso de estereotipias.
E como identificar no dia a dia essas alterações qualitativas?
Lembrando sempre que a mera identificação de alguns sinais e sintomas não faz um diagnóstico preciso, é preciso procurar um profissional especializado para um melhor entendimento das expressões da criança. Desde o momento que nascemos é possível notar muitas condutas que permitem avaliar o estado geral de desenvolvimento, seja na área psicomotora, de percepção de mundo, desenvolvimento afetivo, comunicativo e social.
A ausência, atraso ou diferença manifestada nessas condutas de acordo com o que é esperado pela idade é o que pode nos chamar a atenção para uma possível hipótese de autismo. A guia apresentada a seguir de exemplos dessas condutas não deve ser utilizada como instrumento diagnóstico ou de avaliação, dito isso, vamos aos comportamentos:
– Importante observar se há hipotonia, letargia ou excessiva tranquilidade do bebe (baixo tônus muscular e pouco movimento geral).
– Certa dificuldade para serem alimentados, na recusa de alimentos ou vômitos constantes.
– Reflexos alterados, pobres, lentos ou exacerbados.
– Ausência ou pouco sorriso social (quando a criança reage diante de caretas e brincadeiras, uma espécie de resposta ao rosto humano que até então ela não tinha).
– Escasso seguimento visual de objetos e pessoas.
– Pouca reação a estímulos auditivos, barulhos ou vozes.
– Pobreza de balbucio ou jogo vocal (a criança parece brincar com os sons que emite, o que não acontece nesse caso).
– Ausência de pedidos de atenção.
– Escasso interesse nas pessoas.
– Pouca exploração na procura de estímulos do ambiente.
– Sorrisos sem motivação social aparente.
– Temor ao barulho ou a mudanças repentinas.
– Escasso repertório de sons vocais.
– Dificuldade para antecipar as rotinas sociais.
– Dificuldades para coordenar movimentos gerais ou manusear objetos.
– Menos de 5 palavras ao finalizar o período.
– Escasso ou nulo ato de apontar.
– Ausência de brincadeiras de faz de conta ou de se “esconder”.
– Preferencia excessiva por atividades solitárias.
– Utilização de menos de 10 palavras.
– Pouca intenção comunicativa em geral.
– Pouca compreensão de ordens e/ou comentários.
– Pouca reciprocidade com adultos ou crianças.
Esses são alguns sinais que podem ser percebidos nos cuidados diários de quem convive com a criança. Os exemplos que ocorrem em um período podem ocorrer em outro também, não há um padrão ou um modo fixo de se apresentar, assim como o diagnóstico de autismo pode ser confirmado sem a presença de todos esses sinais.
O diagnóstico é muito mais complexo do que a simples descrição dos sintomas, mas eles nos ajudam a traçar uma linha de raciocínio para pensar o modo como a criança se apresenta diante do outro.
Imagem de capa: Shutterstock/Olesia Bilkei
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