COMPORTAMENTO

Como Ricardo Boechat salvou o emprego de uma ouvinte

Neste dia 11 de Fevereiro de 2019, o Brasil se despediu de um dos maiores nomes de seu jornalismo. Vítima de uma acidente de helicóptero, horas depois de falar sobre as grandes tragédias do começo do ano, Ricardo Eugênio Boechat não resistiu à queda e faleceu.

O profissional trabalhou em alguns dos maiores veículos de imprensa do país. Como o Estadão, O Globo, O Dia, entre outros. Atualmente trabalhava no grupo Band de comunicação. Tanto no telejornalismo, quanto revigorando como poucos umas das mídias mais antigas e tradicionais, o rádio. Casado com a também jornalista Veruska Seibel, Boechat teve 6 filhos. Dois deles deste mesmo casamento.

É claro que a carreira de um jornalista dessa magnitude possui diversas polêmicas, mas aqui selecionamos uma história bonita de uma vez em que Boechat ajudou a crítica de cinema Ieda Marcondes a manter o emprego e ainda mais, ter sua falta abonada.

O avião de Ieda estava quase chegando em São Paulo, quando por conta de uma forte chuva precisou retornar ao Rio de Janeiro. Ela precisou remarcar o voo e ir para um hotel indicado pela companhia. Porém, apesar do imprevisto, a empresa aérea não emitiu a tempo um documento explicando a situação para a empresa em que Ieda trabalhava. Resultado: Ieda teve um dia descontado por falta, além do peso da desconfiança de não ter como comprovar sua história.

Mas neste mesmo voo que retornou antes de chegar ao destino, Ieda viu Ricardo Boechat. Então teve a ideia de mandar um email para ele pedindo uma ajuda simples; um email que explicasse o ocorrido para sua diretora. Mas Boechat não fez isto, ele fez mais. O próprio visitou o trabalho de Ieda e explicou pessoalmente a história.

Com isso, a crítica de cinema teve sua falta abonada e o fato esclarecido.

Um luto poucas vezes visto na Tevê

A notícia do falecimento de Ricardo Boechat abalou tanto os seus colegas de trabalho, que o canal Band News precisou sair por alguns instantes do ar para que todos pudessem se recompor. Apesar de não ser uma prática nessas situações, é extremamente compreensível do ponto de vista psicológico.

Perder um companheiro de trabalho pode evocar dores físicas intensas e limitar as capacidades motoras e de raciocínio de alguém. O luto não é meramente uma tristeza, ele é uma série de reações neurofisiológicas que atingem todo o corpo.

Faz-se importante que todos os ambientes de trabalho sejam solidários em momentos como este. O descanso para vivenciar aquela dor causada pela perda é essencial na recuperação.

 

REDAÇÃO PSICOLOGIAS DO BRASIL

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