Todos passamos por esses dias escuros nos quais nada sai como o planejado. Nos quais as penas pesam, a amargura nos funde e os pensamentos se tornam nublados. Pode parecer estranho mas, na realidade, não só está bem tê-los, como também é até adequado passar por eles. A razão é simples: nos servem de reinicio. É como abraçar nossos demônios por um momento, conhecê-los cara a cara para, em seguida, voltarmos a levantar.
Porém, todos estes processos devem ser pontuais no tempo. Momentos nos quais entrar para logo sair. Porque os dias escuros não devem se transformar em semanas e nem meses escuros. Ao mal-estar, ao desânimo, à raiva, à frustração ou à decepção é possível vencer. Para conseguir isso devemos usar os mecanismos internos adequados. A seguir, explicaremos melhor.
As pessoas costumam defender muito bem seus espaços privados. Vestem armaduras grossas e, em ocasiões, até habitam por detrás de máscaras alegria fingida, com as quais se mantêm superficiais na maioria do tempo. De algum modo, todos aprenderam que os dias escuros não existem. Que, ao experimentá-los, é melhor se esconder, fingir e continuar como se nada tivesse acontecido. De fato, até é comum não ter tempo para isso.
“Como vou me permitir um parêntese para entender o que está acontecendo? Com tudo o que tenho que fazer!”
Porém, é preciso ter isso claro. O que dói, permanece. O que não é enfrentado deixa marcas. Mais ainda: o que não é resolvido persiste até adoecermos física e emocionalmente.
Se nossa biologia nos deu esta capacidade, foi por uma razão muito concreta. Chorar é um mecanismo fisiológico que serve como catarse emocional.
Caso o reprimamos, a tensão emocional se acumula e se somatiza. Ou seja, o mal-estar termina se transformando em dores de cabeça, cansaço, mais mal-estar…
Nos determos quando estamos conscientes de que um desses dias escuros chega não implica necessariamente em nos afastarmos de tudo e de todos.
Os dias escuros precisam, antes de tudo, que “paremos” e tomemos consciência.
Todos precisamos abraçar esses demônios para dominá-los, para torná-los pequenos e controlá-los.
Não é preciso ter medo de verbalizar as próprias necessidades. De fato, algo tão simples quanto aprender a ser assertivo nos ajudará a conhecer muito melhor às pessoas e suas reações. Assim, não tenha medo de dizer que precisa de algumas horas só para você. Para pensar, passear, para estar com seus pensamentos e, simplesmente, se desafogar.
Dimensões como tomar consciência das próprias necessidades, o desafogo emocional e o apoio de um ente querido podem ser vitais para enfrentar estas situações.
Imagem de capa: Shutterstock/pimchawee
TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE
Um homem foi arremessado de um carro em movimento após se recusar a sair do…
A jornalista inglesa Emma Flint conta que só descobriu o termo abrossexualidade aos 30 anos,…
Uma recente declaração de um padre sobre o uso de biquínis gerou um acalorado debate…
Saiba como traumas vividos na infância podem influenciar a vida adulta e como é possível…
Esta jóia do cinema disponível na Netflix envolve o espectador em uma trama de desejo…
Um filme ambicioso e bem realizado que fascina pelo espetáculo visual e pelas perguntas filosóficas…