Por Ana Prado
Você pode gostar do seu trabalho, mas provavelmente passa por fases em que não consegue ter ideias novas e sente que está só cumprindo ordens sem pensar em muita coisa, certo? E essa falta de criatividade não atinge só a vida profissional – ela pode fazer com que nos sintamos meio sem rumo de modo geral. Se você está vivendo isso, a culpa pode ser de como tem usado o seu tempo livre.
Emma Seppälä, diretora de ciências do Centro para Pesquisa e Educação em Compaixão e Altruísmo da Universidade de Stanford, defende que as melhores ideias vêm do relaxamento. E há muitas provas para isso. “A criatividade acontece quando sua mente está sem foco, sonhando acordada ou ociosa”, escreveu ela em um artigo para o site Quartz. O problema é que temos impedido nossa mente de vaguear por aí.
“No trabalho, estamos intensamente analisando problemas, organizando dados, escrevendo – atividades que requerem foco. Durante o tempo de inatividade, mergulhamos em nossos telefones enquanto estamos em uma fila ou nos perdemos na Netflix por horas”, completa.
A menção à Netflix é importante: é comum associarmos esse programa caseiro a descanso, mas a verdade é que ficar vendo séries sem parar exige que nossa mente esteja constantemente processando informações, assim como ficar mexendo no celular. Nesses casos, nós nunca nos permitimos ficar ociosos. Para ajudar a resolver esse problema, Seppälä listou algumas dicas:
Além de ser bom para a saúde física, caminhar regularmente favorece a criatividade – desde que você não fique o tempo todo no celular. “Um estudo de 2014 (…) descobriu que as pessoas que faziam caminhadas diárias obtiveram maior pontuação em um teste que mede o pensamento criativo do que as pessoas que não o fizeram”, escreve a pesquisadora. E tem mais: aqueles que passeavam ao ar livre mostraram-se mais criativos do que outros que haviam caminhado em esteiras. Ou seja: tem que sair de casa, mesmo.
Faça coisas para fugir da rotina: desenvolva uma nova habilidade, viaje para novos lugares e socialize com pessoas de fora da sua bolha social. “Estudos mostram que a diversificação de suas experiências irá ampliar seu pensamento e ajudá-lo a pensar em soluções inovadoras”, diz ela.
E aqui estamos falando de diversões mais “bobinhas” mesmo, como brincar com seu cachorro, juntar amigos para algum jogo clássico tipo Twister ou mesmo jogar umas partidas de futebol amador. “Os humanos são os únicos mamíferos que não brincam mais na idade adulta. Isso é uma vergonha, porque um estudo da psicóloga Barbara Fredrickson, autora do livro Positivity [Positividade], mostra que a diversão, impulsionando o bom humor, nos faz sentir mais felizes e mais inventivos”, explica.
Legal, mas e quem está tão cheio de coisa para fazer que parece impossível parar por um minuto? Bem, primeiro, lembre-se de que só pegar o celular ou ficar lendo notícias inúteis – algo que você talvez faça vez ou outra mesmo durante o expediente – não é descanso. Faça pausas que são realmente pausas para o seu cérebro, tomando um cafezinho ou indo falar pessoalmente um oi para um colega de trabalho.
Em segundo lugar, organize suas tarefas de modo a sempre alternar entre uma mais simples, que permita à mente vaguear, e outra mais complexa. Isso já pode ser o suficiente para não deixar sua mente sobrecarregada.
Imagem de capa: Shutterstock/Rawpixel.com
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